Serviços na Bahia têm queda de 7,8% em março, o pior em oito anos, diz IBGE

Em meio ao avanço do novo coronavírus no Brasil, o volume do
setor de serviços na Bahia caiu 7,8%  em março, ante fevereiro,
na série com ajuste sazonal. Foi o segundo resultado negativo consecutivo nesse
confronto, com forte aceleração no ritmo de queda: de janeiro para fevereiro,
os serviços haviam tido variação negativa de -0,1% no estado.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O recuo é um reflexo, em grande parte,
da paralisação nas atividades de estabelecimentos como restaurantes e
hotéis, adotada para tentar conter a disseminação da Covid-19. Além da
paralisação de atividades, parte dos funcionários foi colocada em home office,
diminuindo a demanda por serviços.

Segundo o IBGE, o principal tombo se deu no segmento de
serviços prestados às famílias, que recuaram 35,8% em março.

O desempenho dos serviços baianos em março (-7,8%),
contudo, foi pior que o do país como um todo (-6,9%) e acompanhou o
movimento generalizado de queda, verificado em 24 dos 27 estados.

Em comparação com fevereiro, o volume do setor de serviços
cresceu apenas em Rondônia (3,1%), Amazonas (1,9%) e Maranhão (1,1%). Rio
Grande do Norte (-18,6%), Mato Grosso (-12,7%) e Rio Grande do Sul (-11,0%)
tiveram os maiores recuos.

Todas as 5 atividades recuaram 

De acordo com o IBGE, o recuo no volume do setor de serviços
baiano em março frente ao mesmo mês de 2019 (-12,0%) foi resultado de uma
retração generalizada, em todos os cinco grupos de atividades investigados
(serviços prestados às famílias, serviços de informação e comunicação, serviços
profissionais, transportes/correios e outros serviços).

Os serviços prestados às famílias tiveram recuo de -35,8%,
maior queda considerando todos os meses da série histórica da PMS, iniciada em
2012, e exerceram a maior influência no resultado geral.

A queda foi motivada, em grande parte, pelas paralisações
nas atividades de estabelecimentos como restaurantes e hotéis.

O segundo maior recuo veio dos outros serviços (-15,9%), que
já haviam caído fortemente em fevereiro (-20,1%). Entretanto a segunda maior
contribuição para o resultado geral negativo no mês foi a dos transportes,
serviços auxiliares aos transportes e correio, que é o segmento de maior peso
na estrutura do setor de serviços na Bahia e retraiu -8,0%.

Nesta atividade, impactos importantes vieram do transporte
aéreo e de algumas empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros. (bahia.ba).

Foto: Max Haack/ Agecom