Após revelações sobre Flávio Bolsonaro, empresário Paulo Marinho solicita proteção policial a Witzel

O empresário Paulo Marinho, ex-aliado de Jair Bolsonaro,
disse neste domingo que solicitou proteção policial ao governador do Rio,
Wilson Witzel (PSC), após observar a repercussão da entrevista que concedeu ao
jornal “Folha de S.Paulo”. A informação foi adiantada pelo blog do jornalista
Lauro Jardim. Pré-candidato a prefeito do Rio, Marinho diz ter sido atendido
“após criteriosa análise das autoridades envolvidas”.

À “Folha”, o empresário relatou que o senador
Flávio Bolsonaro, filho do presidente, soube com antecedência de uma operação
da Polícia Federal (PF) que tinha seu ex-chefe de segurança, Fabrício Queiroz,
como um dos alvos. Ainda segundo Marinho, a ação teria sido postergada pela
corporação para não prejudicar a campanha eleitoral de Bolsonaro à Presidência
em 2018.

Em uma sequência de mensagens publicadas no Twitter, Marinho
afirmou que resolveu tratar publicamente sobre o caso após acompanhar as
declarações de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, sobre a suposta tentativa
de Bolsonaro de interferir na PF. De acordo com Moro, o foco das intenções do
presidente seria a superintendência da corporação no Rio – a mesma de onde
teria partido o aviso a respeito da operação envolvendo Queiroz.

“Agradeço as manifestações de apoio que tenho recebido
neste momento em que, após as denúncias do Min. Sérgio Moro, considerei a
necessidade de dar publicidade às informações que podem colaborar com as
investigações sobre a tentativa de interferência na PF”, escreveu o
empresário na primeira mensagem.

Em seguida, Marinho tratou especificamente sobre o pedido
por proteção policial, estendido a seus familiares.

“Em função de novas circunstâncias surgidas nas últimas
horas, solicitei ao governador do RJ proteção policial à minha família e, após
criteriosa análise das autoridades envolvidas, fomos atendidos. Seguiremos
firmes lutando pela verdade e pelo Brasil. Obrigado”, finalizou o
empresário.

Em nota divulgada após a veiculação da reportagem pela “Folha”, Flávio disse que a declaração do ex-aliado é “invenção
de alguém desesperado e sem votos”e que Marinho tem interesse em
prejudicá-lo porque é seu substituto no Senado. O Globo

(Yahoo Noticias)

Foto: Yahoo Noticias