Primeira vacina contra coronavírus testada em humanos é eficaz e segura, diz empresa

A primeira vacina contra o novo coronavírus a
ser testada em pessoas indica ser segura e capaz de estimular uma resposta
imune contra o vírus, afirmou, nesta segunda-feira (18), a empresa fabricante
Moderna.

A constatação é baseada nos resultados das oito primeiras
pessoas que receberam duas doses da vacina. Esse voluntários saudáveis
produziram anticorpos que foram testados em células humanas no laboratório e
foram capaz de impedir a replicação do vírus, fator que é preponderante para a
eficácia de uma vacina.

Os níveis dos chamados anticorpos neutralizantes
correspondiam aos encontrados em pacientes que se recuperaram após contraírem
Covid-19.

De acordo com a empresa, que está apressando seu
planejamento, a segunda fase envolve 600 voluntários e uma terceira, prevista
pra julho, deve ter milhares de pessoas saudáveis disponíveis para realizar o
teste.

A Food and Drug Administration (FDA), o equivalente à Anvisa
no Brasil, deu a Moderna a aprovação para a segunda fase no início deste mês.

Caso os testes prosperem, uma vacina poderá ficar disponível
para uso até o final deste ano ou no início de 2021. Quem garante é Tal Zaks,
diretor médico da Moderna, ao jornal The News York Times.

A quantidade de doses que estarão disponíveis ainda não está
definida. Zaks afirma, no entanto, que a Moderno está “fazendo o possível para
alcançar o maior número possível de doses”.

Estados Unidos, União Europeia e China são os principais
protagonistas na corrida por uma vacina comprovadamente eficaz contra o novo
coronavírus.

Ainda de acordo com a Moderna, testes adicionais em
camundongos que foram vacinados e infectados descobriram que a vacina poderia impedir
o avanço do vírus nos pulmões e que os animais possuíam níveis de anticorpos
neutralizantes comparáveis aos das pessoas que receberam a vacina.

Três doses da vacina foram testadas: baixa, média e alta. A
dose alta está sendo eliminada de estudos futuros porque as doses mais baixas
parecem funcionar tão bem que a dose alta não é necessária.

“Quanto menor a dose, mais vacina poderemos
fazer”, projetou Zaks. (Yahoo Noticias).