ACM Neto cogita interditar orla e diz que lockdown pode ocorrer se assim decidir o governo estadual

A Prefeitura de Salvador tem adotado medidas restritivas setoriais no combate ao novo coronavírus (Covid-19), fechando o comércio em determinados bairros e aplicando uma série de ações que inclui testes rápidos e distribuição de máscaras e cestas básicas.

Segundo bairro com maior número de infectados pela doença, perdendo apenas para a Pituba, Plataforma foi uma das primeiras regiões a entrarem na lista da gestão municipal para receber o pacote de restrições mais severas. Contudo, muitas pessoas ainda desrespeitam as regras.

O próximo passo, segundo o prefeito, seria adotar o chamado lockdown (bloqueio total), que é a medida mais rigorosa a ser adotada sobre o distanciamento social. A ação consiste em restringir a circulação da população nas ruas, liberando saídas apenas para realização de atividades consideradas como essenciais, como ir a hospitais, farmácias e supermercados.

“Mais rigorosa do que essa [restrição setorial] só o lockdown. Tem que ser fruto de uma iniciativa que passa pelo governo estadual, que tem poder de polícia para tornar essa medida efetiva. É a última etapa do que é possível fazer. É impossível a gente ter êxito se as pessoas não ajudam”, disse, respondendo a questionamento feito pelo bahia.ba videoconferência realizada nesta segunda-feira (18).

ACM Neto sinalizou que Salvador ainda não chegou ao nível de necessitar de lockdown, mas revelou que pode ocorrer futuramente, se assim desejar o governador Rui Costa (PT). ?Se me chamasse para analisar, eu não teria dificuldade nenhuma de avançar para essa compreensão. Mas esse ainda não é o momento?, explicou, acrescentando que pode determinar o fechamento da orla, após ver pessoas realizando caminhadas sem a utilização de máscaras.

“A gente não interditou a orla toda. Quer fazer seu exercício, faça, mas vá de máscara. Não posso dar voz de prisão, o que posso é fechar a orla. É o pior caminho, mas se não tiver jeito terá de ser feito”, declarou. (Rayllanna Lima – bahia.ba).

Foto: Max Haack/Prefeitura de Salvador