Alvo da Polícia Federal nesta quinta-feira (25), um empresário se valeu de um documento falso de exclusividade com a farmacêutica AstraZeneca para tentar vender 250 milhões de doses de vacinas de Covid-19 para o Ministério da Saúde, segundo a investigação.
Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, Christian Faria se apresentou à pasta em janeiro deste ano por meio de um e.mail em que dizia ter exclusividade da empresa inglesa para vender as vacinas.
Ele é um dos investigados na operação deflagrada nesta quinta, contra grupo suspeito de oferecer, de forma fraudulenta, vacinas ao governo federal, governos estaduais e prefeituras. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Paracatu, em Minas Gerais, e em Vila Velha, no Espírito Santo.
Após o primeiro contato com o ministério, Faria também enviou ao secretário-executivo da Saúde, Élcio Franco, uma mensagem de celular com a oferta.
As conversas resultaram em uma reunião realizada em 23 de fevereiro. Segundo a PF, antes do encontro, a pasta procurou a AstraZeneca, que negou a existência de contrato com a empresa de Faria, chamada Biomedic.
O empresário foi confrontado com a informação durante a reunião no ministério, confirmou não possuir contrato com a AstraZeneca, mas indicou um amigo, também presente na reunião, cuja empresa teria a tal exclusividade para comercialização da vacina.
Segundo o Ministério Público Federal, os alvos não contavam com essa iniciativa do Ministério da Saúde, de procurar a Astrazeneca, que, enfaticamente, informou que o documento apresentado era falso. (bahia.ba).
Foto: Joel Rodrigues/Agencia Brasilia