Centrais Sindicais organizam manifestação em Brasília contra MPS

Acompanhando
manifestações semelhantes de centrais sindicais ocorridas em outras cidades
brasileiras, Nova Central, Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do
Brasil (CGTB) e Central Sindical e Popular (CSP) organizaram ato, em frente ao
Ministério da Fazenda, em Brasília, para reivindicar a revogação das Medidas
Provisórias 664 (pensão por morte e auxílio-doença) e 665 (seguro-desemprego,
abono salarial e seguro-defeso), anunciadas no fim do ano. As centrais
contestam o argumento do governo de que as medidas são importantes para
aumentar o rigor na concessão dos benefícios.

O objetivo
das novas regras, segundo o governo, é eliminar excessos, aumentar a
transparência e corrigir distorções, visando à sustentabilidade dos programas
que utilizam os fundos de Amparo ao Trabalhador (FAT) e da Previdência Social.

|As centrais
sindicais acham que existem outros caminhos, como aumentar a fiscalização. No
Amazonas, por exemplo, [deveria haver] 20 fiscais do trabalho e [há] apenas
três. Roraima era para [haver] 15 fiscais e [há] apenas dois. Como o concurso é
nacional, depois de um ano, os novos fiscais voltam para sua cidade natal e não
há novos concursos [para preencher a vaga]. Então, o primeiro problema é a
fiscalização|, disse Carlos Lacerda, secretário para assuntos parlamentares da
Força Sindical.

Na opinião
dos representantes dos sindicatos, |a crise da economia que atinge o país está
tendo como resposta dos patrões mais ataques ao emprego e aos direitos
trabalhistas|, a exemplo, conforme disseram, das ameaças de demissões da
Volkswagen no ABC paulista.

|Não vamos
aceitar mudanças nos benefícios dos trabalhadores e na legislação trabalhista.
Infelizmente, os patrões e os governos sempre jogam nas costas dos
trabalhadores os custos de toda a crise que acontece|, destaca o professor
Robson da Silva da Central Sindical e Popular (CSP).

Antes, os
manifestantes ? que estavam na Catedral de Brasil ? saíram em passeata até o
Ministério da Fazenda. A Polícia Militar do Distrito Federal estimou em 150 o
número de pessoas que participaram o evento. Os organizadores disseram que
havia 200 integrantes. Dois ônibus e 10 carros retiraram os manifestantes do
local do protesto.(ABr)

Foto: Marcelo-Camargo-ABr-Protesto-Rio-Sindicalistas.jpg

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