Os gastos dos senadores e ex-senadores com saúde totalizaram R$ 14,9 milhões no ano passado, segundo levantamento da Folha de S. Paulo. O montante inclui cobertura dos cônjuges. Somente em valores reembolsados aos parlamentares foram gastos R$ 6,89 milhões, aproximadamente 38% maior do que os R$ 4,98 milhões reembolsados em 2019.
Naquele ano, os gastos totais (R$ 13,89 milhões) ficaram próximos do valor despendido no passado. Neste comparativo, o aumento ficou em 7,2%.
Segundo a direção da Casa, presidida atualmente pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), os valores correspondem ao plano médico-odontológico SIS-Senado. Parlamentares, ex-parlamentares e cônjuges têm direito a atendimento em unidades particulares como os hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês.
Sigilo
A Folha relatou que, durante seis meses, o veículo pediu ao Senado o detalhamento por parlamentar das despesas com saúde, via Lei de Acesso à Informação. Sem êxito. “Esses dados individualizados representam informação diretamente relacionada ao estado de saúde do indivíduo, sendo protegido pelo Conselho de Ética do Conselho Federal de Medicina”, alega o legislativo.
Maria Dominguez, da Transparência Internacional Brasil, rebate esta intepretação. Conforme a pesquisadora, o que é vedada é a divulgação de dados pessoais, íntimos ou sensíveis, proibição também acolhida na Lei Geral de Proteção de Dados. (bahia.ba).
Foto: Site Senado Federal