Adolfo Menezes comemora liberação da Sputnik-V, mas crítica demora

“Temos que celebrar a liberação, hoje (4), por parte da
Anvisa, da vacina russa Sputnik-V, mas a pergunta que não quer calar é: por que
isso não foi feito antes, evitando a morte de milhares de nordestinos e de
baianos, principalmente? A fórmula do imunizante não mudou, então por que os
terraplanistas mudaram de ideia?”, questiona o presidente da Assembleia
Legislativa da Bahia – ALBA, deputado Adolfo Menezes.

Menezes relembra que, em fevereiro, a ALBA cerrou fileiras
com o Governo do Estado para garantir, com o Fundo Russo de Investimentos, a
possibilidade de trazer a vacina Sputnik V para o Brasil. “A Bahia deveria  ser o primeiro Estado brasileiro a aplicar o
imunizante desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e
Microbiologia da Rússia (Centro Gamaleya). Deveriam já ter chegado 400 mil
doses iniciais para atender à população, mas a desídia da Anvisa causou a morte
de milhares de pessoal”, disparou o chefe do Legislativo estadual.

Em fevereiro, a ALBA ingressou  como amicus curiae na Ação Direta de
Inconstitucionalidade, impetrada no STF, para importar e distribuir vacinas
contra o novo coronavírus sem registro na Anvisa, desde que homologadas por uma
agência reguladora internacional de referência, que era o caso da Sputnik.

90% DE EFICÁCIA

A Sputnik V – que leva o nome do primeiro satélite espacial
soviético – o Sputnik-1, em 1957 – é a primeira vacina registrada do mundo
baseada em vetor adenoviral humano, já tendo sido registrada em 63 países. É,
hoje, uma das três vacinas no mundo com mais de 90% de eficácia,

A vacina foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa
em Epidemiologia e Microbiologia da Rússia, fundado em 1891 e que, em
1949,  recebeu o nome de Nikolai
Gamaleya, pioneiro da pesquisa russa em microbiologia. (Ascom).

Foto: Divulgação

 

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