A coligação formada pelo PT, PP, PDT, PCdoB e AVANTE, que
teve como candidato à prefeito de Feira de Santana nas eleições de 2020 o atual
deputado federal Zé Neto (PT), vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) contra a decisão da Justiça baiana que desconsiderou “indícios claros” de
crimes eleitorais praticados pelo grupo político do prefeito reeleito Colbert
Martins Filho (MDB).
De acordo com Zé Neto, que venceu a disputa no 1º turno com
quase 120 mil votos válidos, a coligação liderada pelo PT espera que o TSE
reveja a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), que rejeitou
evidências comprovadas de irregularidades praticadas pelo candidato emedebista
contra ele e seu vice, à época, Roque Santos, como a distribuição de mais de
120 mil cestas básicas no período eleitoral, showmício, disparos em massa de
fake news em grupos de WhatsApp e redes sociais, e propagandas caluniosas em
carros de som.
“Com serenidade e pés no chão, estamos recorrendo a 3ª
instância que poderá rever a decisão do TRE-BA e esperamos que atenda as
expectativas dos feirenses, que assim como nós, não concordam com todas essas
ilicitudes realizadas pela outra coligação, a qual, chegou a ameaçar através de
vídeos a própria população para que votasse no 15, que foi o número de urna do
atual prefeito. Aliás, essa instância é muito mais rigorosa nos julgamentos,
quando equiparada a outras cortes judiciais, que não dão o cumprimento às leis
como deveriam, cassando prefeitos de cidades grandes que cometem crimes
eleitorais como estes que constam nos autos do nosso processo; os quais, vão
desde a distribuição irregular de mais de 120 mil cestas básicas no ano das
eleições, fake news contra mim e nossa coligação nas redes sociais e em carros
de som, até a realização de showmício, a exemplo do que contou com a presença
do deputado federal Igor Kannário, aliado do atual prefeito, que chegou de
helicóptero em um bairro popular de Feira e colocou a vida de centenas de
moradores em risco”, afirmou o parlamentar.
Não se trata, segundo ele, de um “3º turno”, mas sim de “busca por justiça que possa coibir situações como as que foram presenciadas em
Feira nas últimas eleições municipais”. (Ascom).
Foto: Divulgação/Ascom