A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) concluiu a votação,
em segundo turno, do Projeto de Lei Orçamentária Anual da Bahia (PLOA),
referente ao ano de 2022, e aprovou o reajuste linear de 4% para todo o
funcionalismo público estadual, incluindo servidores ativos, aposentados e
pensionistas do Estado, bem como alteração nos valores de contribuição dos
beneficiários do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos
Estaduais (Planserv). A bancada de oposição e o deputado Hilton Coelho (Psol)
registraram voto contrário ao Orçamento, e favorável aos reajustes, porém com
ressalvas e críticas, justificando que a proposta não acompanha as perdas
salariais dos últimos sete anos. Quanto à nova tabela do Planserv, o presidente
da ALBA, Adolfo Menezes (PSD), registrou os votos contrários dos deputados
Capitão Alden (PSL), José de Arimateia (Republicanos), Soldado Prisco (PSC),
Carlos Geilson (PSDB) e Hilton Coelho.
Com requerimentos de urgência aprovados na sessão da
segunda-feira (20), os projetos de leis de reajuste salarial das diversas
categorias previam, a princípio, a concessão dos benefícios a partir de abril
do ano que vem. Porém, antes da votação, o líder do governo, deputado Rosemberg
Pinto (PT), anunciou que o governador Rui Costa autorizou os relatores a
antecipar para 1º de março, contemplando reivindicação feita pelos segmentos em
reuniões com os deputados. Segundo Rosemberg, “a antecipação representará um
incremento na economia baiana em torno de R$ 150 milhões no mês de março”.
A peça orçamentária para o próximo ano alcança o montante de
R$ 52,6 bilhões, um crescimento de 6,5% em relação ao orçamento executado em
2021. Sua composição é representada pelos orçamentos fiscal, com R$ 34,7
bilhões, e o da seguridade social, com R$ 16,9 bilhões, além de R$ 1 bilhão
referente ao orçamento de investimento das empresas, integrado pelas estatais
não dependentes. A área social é privilegiada com 61,3% do total de recursos
(R$ 31,6 bi), sendo 15,1% ao setor da saúde, 13,2% para a educação, e 9,9% para
a segurança pública. Além disso, a Previdência Social será responsável pela
destinação de outros 16,6%. Em seu parecer favorável, o deputado Diego Coronel
(PSD) apresentou 40 emendas ao texto final.
Por acordo de lideranças, também foi dispensada a formalidade
para incluir na pauta outros dois projetos do Executivo, aprovados tanto no
âmbito das comissões, quanto no plenário. O PL nº 24.441/2021 institui a Bolsa
Revalida Bahia, um auxílio destinado a professores e servidores das
universidades públicas estaduais que atuam, em caráter eventual, nos programas
de revalidação de diplomas de graduação em Medicina expedidos por instituições
estrangeiras de Educação Superior. O outro PL, de número 24.442/2021, altera a
Lei nº 7.014/1996, que trata do ICMS, para adequá-la às modificações
introduzidas a nível federal, a fim de evitar perdas na arrecadação para o
Estado e municípios.
Além dessas propostas do Executivo, os legisladores também
aprovaram o projeto de lei da Mesa Diretora da Casa, que aumenta em 4% os
subsídios do governador, do vice-governador e secretários estaduais, e projetos
da lavra dos próprios deputados, entre elas uma PEC, de autoria do deputado
Vitor Bonfim (PL), que “impede o recebimento, por membros do Poder Legislativo,
de indenização por motivo de convocação para comparecimento em sessão
extraordinária”. A sessão continua com a análise de outros projetos. (Agencia Alba).
Foto: Juliana Andrade/Agencia Alba