O presidente Jair Bolsonaro (PL)
desembarcou dos Estados Unidos, na noite desta sexta-feira (30/12), para passar
um “período sabático” com a família, depois de perder as eleições deste ano. O
avião pousou no Aeroporto Internacional de Orlando por volta das 23h.
Contrariando o rito democrático, ele não irá passar a faixa presidencial para
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na solenidade de posse marcada para este
domingo – 1º de janeiro de 2023.
Bolsonaro viajou em um avião da
Força Aérea Brasileira (FAB). A expectativa é que ele fique em um resort em
Palm Beach, de propriedade do ex-presidente americano Donald Trump, aliado do
brasileiro. Depois, o futuro ex-presidente deve partir para Miami. Uma
publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira autorizou a atuação de
cinco assessores em uma “agenda internacional” com ele entre 1º de
janeiro e 30 de janeiro.
Ainda não há informações sobre
como e quando será o retorno dele ao Brasil, já que, por ter deixado a
presidência, não poderá mais usar o avião da FAB – a não ser que Lula autorize.
Bolsonaro não comunicou Hamilton Mourão sobre a saída do Brasil. Com isso,
ficará sob responsabilidade de Mourão a passagem de faixa para Lula, tarefa que
o vice-presidente já anunciou que não cumprirá. O PT ainda não informou como
será feita a passagem de faixa para o presidente eleito.
Live de despedida
Jair Bolsonaro chorou, nesta
sexta-feira, no final da live de despedida do cargo de presidente. Segundo ele, “não vai demorar muito tempo, o Brasil vai voltar à normalidade. No final, o
bem vai vencer o mal”, pregou o político. “Muita luta, mas um bom 2023 a todos.
Deus abençoe o nosso Brasil. Vamos em frente”, desejou.
Durante a transmissão ao vivo, o
futuro ex-presidente também destacou o que considera “vitórias” do seu governo,
como os decretos de flexibilização da posse de arma de fogo e o controle da
inflação por meio da isenção de impostos federais e das ações que promovem o
teto na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
dos combustíveis. (Luana Patriolino – Correio Brasiliense).
Foto: Caroline Antunes/PR