Gildásio Xavier dedicou toda sua vida ao serviço público

Gildásio Alves Xavier dedicou
toda a vida ao serviço público. Ou melhor, a servir ao público de sua terra,
com a competência embasada em sólida formação profissional, com a proverbial
sabedoria daqueles que costumam escutar bastante e falar apenas o necessário.
Curiosamente, o temperamento ameno, “mineiro” – pois a sua Ibitiara natal nem
tão distante é das Minas Gerais -, nunca contrastou com o comportamento urbano,
que junto com a fala macia, num tom grave, porém suave, o fez popular (se essa
é a palavra exata) em todos os órgãos públicos onde serviu.

Qualidades encimadas pela
distância que sempre buscou dos holofotes – discrição a toda prova. Cortês
desde o berço, Gildásio Xavier, em sua primorosa carreira no serviço público da
Bahia – e fora dele – conquistou admiradores e amizades para toda a vida. Laços
que cultiva com zelo e longos, muito longos telefonemas que tem o condão
adicional de mantê-lo bem informado, sempre.

A singular e bem sucedida
carreira pública que ele trilhou possui alguns componentes de difícil
reprodução na polarização que domina a política e o serviço público nos tempos
difíceis que vivemos, onde pouco significam os requisitos básicos para a assunção
de qualquer posto: “Impessoalidade, legalidade, eficiência, publicidade e
moralidade”.

Gildásio Xavier trabalhou com
afinco e lhaneza de 1973 até o final de 2013, portanto, por 40 anos
consecutivos – uma impressionante série de cargos elevados observando com rigor
aqueles princípios – dedicando a sua inteligência a gestões diversas, com diversos
níveis de antagonismo político, colocando sempre à frente, como objetivo maior
o progresso e o bem estar da Bahia e dos baianos. Ou melhor, os interesses
maiores da nossa terra e da nossa gente.

O mesmo fizeram os detentores do
poder político que não abriram mão de sua competência, descortino e discrição,
fossem governadores, prefeitos da capital, presidentes da Assembleia ou
Secretários de Estado.

O currículo escolar/acadêmico que
trilhou está a altura dos elevados cargos que ocupou em sua trajetória
vitoriosa. Gildásio Xavier cursou o primário no Instituto Ponte Nova, em
Wagner, também em sua amada Chapada Diamantina. Depois seguiu para o colégio
Dois de Julho, em Salvador, onde concluiu o segundo grau. Residindo em Brasília
desde 1963, obteve a graduação em Direito na Universidade de Brasília, UnB, em
1969 – exercendo a advocacia até 1973 na sua Chapada Diamantina – quando passou
a ser tratado como “Doutor Gildásio” pelos colegas, depois pelos amigos, mesmos
os mais íntimos, “título” que não o largou mais.

Ainda em 1973 ele fez
especialização em Direito Público na Faculdade de Alcalá de Henares, na
Espanha, passo fundamental para a complementação da profissional de sua longa,
produtiva, proba e exitosa carreira no serviço público baiano – seja na
prefeitura da capital, governo do estado ou no Legislativo, pois aqui também o “Doutor Gildásio” pontificou.

Em seguida assumiu o cargo de
Assessor Especial na Secretaria de Planejamento, Ciências e Tecnologia,
Seplantec, na gestão do secretário Mário Kertész, na primeira administração do
governador Antônio Carlos Magalhães até 1978. Na gestão seguinte, do governador
Roberto Santos, foi Assessor da Casa Civil, entre os anos de 1979 e 1984.

No ano seguinte assumiu a Chefia
da Casa Civil da prefeitura de Salvador na última passagem do prefeito Mário
Kertész, encerrada em 1989. Em 1990 Gildásio Xavier foi diretor de Redação do
saudoso Jornal da Bahia. Em seguida, em 1991 assumiu a Superintendência
Parlamentar da Assembleia Legislativa onde marcou época.

Ficou no prestigioso e complexo
cargo até 1997, nas presidências dos deputados Eliel Martins, Antônio
Imbassahy, Eujácio Simões, e Otto Alencar – não permaneceu na gestão seguinte
do seu amigo Antônio Honorato, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado,
porque havia aceito o convite de outro amigo, Antônio Imbassahy, para o cargo
de Secretário de Governo na gestão que e iniciava. Ficou no posto os oito anos
da administração de Imbassahy.

Em 2007 atuou como Assessor
Especial da Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional da Bahia até
2011, sendo secretário Edmon Lucas, outro amigo dileto, durante a administração
do governador Jaques Wagner. Depois Foi Assessor Técnico da Governadoria do
Estado da Bahia, ainda na gestão de Jaques Wagner, permanecendo até o final do
governo. A partir de 2014 passou a iniciativa privada, como sócio proprietário
da Empresa de Negócios Ltda.

Gildásio Xavier nasceu em
Ibitiara, em 15 de março de 1941, descendente de família tradicional da Chapada
Diamantina, filho de pai político, que foi prefeito da cidade. Casado com
Isadora, tem dois filhos, Tatiana e Felipe.

Entre a legião de amigos que ele
juntou vale citar Geraldo Covas, Ivan Barbosa, Milton Tavares, Mário Kertesz
Emanoel Lima, Horácio Matos Neto, Graciliano Bonfim, Antônio Imbassahy, Tasso
Franco, Antonio Honorato, Horácio Brasil, Eujácio Simões, Edmon Lucas e Herbert
Frank. (Jornalista Paulo Bina). 

(Reprodução – Bahia Já).

Foto: Divulgação

 

 

 

 

 

 

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