O ministro do Desenvolvimento
Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, recebeu do governo uma
missão além da de chefiar a pasta responsável pelo Bolsa Família: ajudar o
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a se aproximar do público
evangélico. O público evangélico é visto, pelo menos desde 2018, como um dos
principais calcanhares de Aquiles para o PT.
Nos últimos meses, o governo
passou a revisar suas estratégias de comunicação e está prestes a lançar uma
campanha com o slogan “Fé no Brasil? que teria, entre outros objetivos,
dialogar com o público evangélico, que segundo pesquisa do Datafolha de 2020
representa 31% da população brasileira. ?Há evangélicos passando fome e
precisamos trabalhar com eles”, disse o ministro.
O ministro diz que o cenário para
aproximar o governo do público evangélico é prejudicado pelo que chama de “fábrica de mentiras” que difunde informações inverídicas sobre a atuação do
governo, mas reconheceu que as manifestações do presidente Lula sobre a guerra
na Faixa de Gaza contribuíram para o aumento da rejeição desse público. (bahia.ba).
Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil
?Nós tivemos essa situação da
guerra na Faixa de Gaza em que fizeram várias interpretações sobre a posição do
presidente Lula, que é uma posição do Brasil?, disse Dias. Para o ministro, as
falas de Lula sobre o episódio foram deturpadas. Dias também disse que uma das
saídas para o governo se aproximar desse segmento é trabalhar junto a entidades
evangélicas em pautas que afetam este público como a fome.