Assembleia Legislativa promove roda de conversa sobre racismo

“Racismo Não é Mimimi”. Este é o
tema da roda de conversa que a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) promoverá
na próxima terça-feira (30), com a presença 
da secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e
Comunidades Tradicionais (Sepromi), Ângela Guimarães, da pós-doutora em
educação, Mabel Freitas, e do vereador de Salvador e presidente de honra do
Instituto Steve Biko, Sílvio Humberto.

O evento será realizado no
Auditório Jornalista Jorge Calmon a partir das 9h30 e foi proposto pelo
presidente da ALBA, deputado Adolfo Menezes. Ele defende que o Parlamento
estadual tenha uma postura antirracista. “Todos os atuais 63 deputados da
Assembleia repudiam veementemente o racismo, que não é ?mimimi? nenhum, mas
crime”, afirmou.

Para a secretária Ângela
Guimarães, racismo está presente em todos os setores da vida social. Por isso,
explica ela, é fundamental debater esse tema para que “as pessoas possam
identificar e denunciar crimes desta natureza, assumindo uma postura antirracista
no cotidiano?. Militante da luta antirracista, ela garante que o poder público
está empenhado ?em fortalecer e implementar políticas de combate ao racismo e
promoção da igualdade racial”.

Já a professora e pesquisadora
Régia Mabel da Silva Freitas pontua que a roda da conversa é uma oportunidade
de debater as consequências do pós 13 de maio de 1888 para as populações
negras, além de abordar as políticas públicas antirracistas à luz de atuações
municipais e estaduais dos poderes Legislativo e Executivo. ?Não podemos
esperar 13 de maio, 25 de julho e 20 de novembro para refletirmos de forma
propositiva sobre um crime que é cometido há séculos?, argumentou.

Fundador e presidente de honra do
Instituto Steve Biko, o vereador Sílvio Humberto enfatizou a importância de
debater o problema do racismo nas instâncias em que as políticas públicas são
elaboradas. “É fundamental abordar um fenômeno que, mesmo atravessando a
sociedade por séculos, ainda é muito discutido no viés da violência policial ou
no ataque verbal direcionado à cor da pele”, afirmou. (Agencia Alba).

Foto: Ascom/AGencia Alba

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