Professores filiados ao PT pedem reunião com cúpula do partido para discutir greve

Mais de 100 professores filiados
ao PT enviaram à presidente do partido, Gleisi Hoffmann, uma carta na qual
pedem uma reunião “com máxima urgência” com a Executiva nacional para discutir
a greve docente federal, iniciada em abril. A informação é da coluna Painel, da
Folha de S. Paulo.

Na última quarta-feira (29), a
Justiça suspendeu acordo do governo fechado com a Proifes (Federação de
Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino
Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico), em decisão que técnicos do
Ministério da Gestão disseram que já esperavam, devido à rivalidade entre
Proifes e Andes, sindicato ligado a PSTU e PSOL.

No documento enviado a Gleisi, os
professores afirmam que, segundo levantamento do comando nacional de greve, 58
das 63 universidades federais do país estão em greve. Também dizem que, na
última rodada de assembleias, realizada entre 20 e 24 de maio, a maioria
rejeitou a proposta do governo e construiu as bases de uma contraproposta que
foi protocolada junto ao Ministério da Gestão em 27 de maio.

“Mesmo considerando tudo isso, o
governo resolveu encerrar unilateralmente as negociações com a categoria,
assinando um acordo com o Proifes, uma federação que não tem a menor
legitimidade, sequer na sua própria “base”, criticam.

Na carta, os professores
qualificam a situação de “profundamente preocupante para o futuro do governo,
do partido e do movimento sindical docente.”

“Tendo em vista a gravidade da
situação e que o MGI [Ministério da Gestão] agendou reunião para o dia 3/6
[segunda-feira], solicitamos, como filiadas e filiados do PT, a possibilidade
de uma reunião da executiva conosco que ocorra antes desta data”, escrevem. (bahia.ba)

Foto: Divulgação/UFBA

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