O dólar à vista fechou em queda
frente ao real nesta quinta-feira (26), em linha com a fraqueza da moeda no
exterior, à medida que investidores reagem a novas promessas de estímulo
econômico na China, maior importador de matérias-primas do planeta, de acordo
com informações do portal InfoMoney.
O país asiático planeja emitir
títulos soberanos especiais no valor de 2 trilhões de yuans (R$ 1,55 trilhão)
este ano, como parte de um novo estímulo fiscal. A decisão reforça uma série de
medidas para combater as fortes pressões deflacionárias e ajudar no crescimento
econômico chinês.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial fechou em queda
de 0,59%, a R$ 5,443 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de
primeiro vencimento (DOLc1) tinha baixa de 0,55%, a 5.442,13 pontos.
Na véspera, a moeda
norte-americana fechou em alta de 0,23%, a R$ 5,475 na compra. Em setembro, o
dólar acumula queda de 3,39% e o real detém a maior valorização do mês frente
27 moedas estrangeiras.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,443
Venda: R$ 5,443
Dólar turismo
Compra: R$ 5,468
Venda: R$ 5,648
O que acontece com dólar hoje?
A moeda norte-americana despencou
ante o real já no início da sessão, após líderes chineses prometerem ?gastos
fiscais necessários? para atingir a meta de crescimento econômico do país deste
ano, de aproximadamente 5%.
As falas, que incluíram
orientações ao governo para sustentar o consumo das famílias e estabilizar o
conturbado mercado imobiliário, foram feitas em uma leitura oficial da reunião
mensal das principais autoridades do Partido Comunista.
A reunião de setembro não costuma
ser um fórum para discussões macroeconômicas, o que sugere uma ansiedade
crescente em relação à desaceleração do ritmo de crescimento chinês.
Esta promessa se somou à série de
medidas anunciadas pela China na última terça-feira (24) para impulsionar a
economia.
A movimentação do país deu força
às divisas de países exportadores de commodities, como o Brasil, e as cotações
do dólar despencaram. Pouco depois da abertura do câmbio, o dólar à vista
marcou a mínima de R$ 5,4051 (-1,32%).
“A China é o maior parceiro
comercial do Brasil e, com a economia chinesa em crescimento, o país tende a
importar mais commodities brasileiras, injetando mais dólares no mercado local
e contribuindo para a valorização do real frente à moeda norte-americana”,
afirmou Bruno Nascimento, analista de câmbio da B&T Câmbio, em comentário
enviado a clientes.
No restante da sessão, o dólar
recuperou um pouco de fôlego, chegando a marcar a máxima de R$ 5,4564 (-0,38%)
às 14h23, mas a influência da China limitou os ganhos. (bahia.ba).
Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil