Após debate, Boulos e Nunes comentam encontro, comparam perfis e também falam sobre sabatina com Marçal

Pouco depois de encerrarem o último debate das eleições 2024,
os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo
Nunes (MDB), comentaram, em entrevista coletiva, o encontro desta sexta-feira
(26) e também a sabatina proposta pelo terceiro colocado na disputa, Pablo
Marçal (PRTB).

Ambos elogiaram o debate, falaram da importância do encontro,
contrapuseram os perfis e voltaram a acusar o adversário.

“Eu acho que o debate permitiu a dois dias da eleição
que o povo de São Paulo possa comparar os candidatos. De um lado um candidato
que teve a chance e não fez, um candidato envolvido em uma série de suspeitas
graves de ligação com o crime organizado de esquemas de corrupção e que não
conseguiu responder nenhuma no debate. Fugiu delas de uma maneira muito
constrangedora para quem estava assistindo. Do outro lado, alguém que
representa a mudança, uma mudança com responsabilidade. Vocês veem que ao longo
de toda essa campanha eu fui alvo de muitas mentiras tentando colocar medo nas
pessoas, insegurança sobre a mudança que nós representamos”, disse Boulos.

No último debate, Nunes e Boulos repetem acusações da
campanha e confrontam visões sobre segurança, privatizações, moradia e saúde

Nunes elogiou o mapa da cidade de São Paulo, que foi colocado
no centro do estúdio.

“Eu gostei, foi muito importante todo o debate. Na
verdade, ele é importante, uma opção que o eleitor tem de ver o que pensa o que
faz como agem o seu candidato. É óbvio que a gente tem ali uns momentos,
Guilherme Boulos já teve 32 condenações só no segundo turno, falou umas
mentiras. Eu acho que a gente pode falar das ideias faladas, propostas. Aquele
mapa que colocaram ali, achei interessante porque nós estamos falando de uma
cidade de 1.500 km2, 12 milhões de habitantes, que tem muita diferença entre
uma região e outra. Então, a gente pode falar não tem uma obra aqui tem essa
ação ali” afirmou Nunes.

Os dois também foram questionados sobre a sabatina proposta
por Marçal aos dois candidatos e aceita apenas por Boulos.

O psolista disse que não foge ao debate. “Eu não tenho
medo de debate, não fujo de nenhum debate. Eu não fujo de nenhum tipo de
embate. Mesmo com adversários que me atacaram de uma maneira desleal que
inventaram coisas mentirosas a meu respeito. Porque o meu compromisso não é com
os meus adversários, meu compromisso é com a população de São Paulo”,
disse.

“Pablo Marçal, com quem eu topei participar de um
diálogo, teve um milhão e 700 mil votos. Eu vou ganhar essa eleição e vou ser
um prefeito que governará para todo, inclusive os eleitores do Marçal. Então, é
razoável atender a um convite dele, ir dialogar com esses eleitores de maneira
direta no espaço das redes sociais dele, foi o que eu fiz e acredito que pude
derrubar preconceitos e falar sobre as minhas propostas eu chego para essa
eleição de domingo animado esperançoso”, completou.

Já Nunes afirmou que Boulos acabou “passando mico”
ao participar da sabatina.

“Eu achei um pouco estranho, né? Porque a gente teve aí,
se não me engano 12 debates no primeiro turno ou 11 ou 12 debates. Então, acho
que caberia ali, vocês da imprensa, quem é dessa área poder fazer essas
sabatinas, né? Eu não consegui assistir, obviamente estava ocupado, mas o que
ficou assim marcante que eu recebi muito feedback e me falaram é que o Marçal
disse que não votaria no Boulos. Guilherme Boulos acabou passando um mico lá,
né? Vai lá e fala assim “eu não voto em você”, eu acho que acabou ficando
ruim”, disse. (G1-SP).

Foto: Fábio Tito/ g1

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