A Coelba (grupo Neoenergia),
vem sendo alvo, de críticas, por parte dos consumidores, entretanto, essas críticas
ou queixas, tem chegado ao conhecimento dos parlamentares, especialmente aos
membros da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da
Assembleia Legislativa. Essa semana (19/11), terça-feira, os membros da Comissão
se reuniram em audiência pública, para ouvir representantes da empresa e
consumidores, com relação, a renovação do contrato de Concessão da COELBA, e as
reclamações dos consumidores.
“A Coelba já explora o
serviço há 27 anos e ignora, a insatisfação da população com a qualidade, queixas
permanentes do setor produtivo, o atraso nas entregas de rede, transformadores,
ofertas de energia, do poder público, equipamentos de hospitais, escolas sem
funcionar, por falta de energia – os consumidores de uma forma geral, reclamam,
da interrupção de fornecimento de energia, de demora na retomada, perdas de
eletrodomésticos, de uma forma geral é uma insatisfação da população e isso nós
discutimos, em audiência pública, para termos elementos e entregar, um
documento, a agencia reguladora até o dia 12 de dezembro. Nessa consulta, vamos
ver quais são as regras, que devam prevalecer, nos futuros contratos e é um
pré-requisito, para as empresas renovarem ou não a Concessão,” declarou o
deputado Robinson Almeida, proponente da audiência pública.
Quanto ao debate
RA- Fizemos um debate rico,
com o representante do Governo do Estado, da sociedade civil, da empresa, dos
trabalhadores e ao final, várias opiniões manifestadas e descontentamento, como a baixa qualidade, na prestação de serviço.
Não obstante que a empresa fez um esforço, anunciou os planos de investimentos de
R$ 13 bilhões, mas a repercussão disso, no investimento ainda não é sentida no
dia a dia da população e nós vamos enviar para ANEEL todas as sugestões que
foram coletadas na campanha de debate.
Investimentos
Esses investimentos já estão
sendo feitos, ou são investimentos futuros?
RA – O plano de execução é
de 2024 a 2027. Esse ano de 2024, a
intenção de investimento é de 20%, no total do plano que é construção de linhas
de transmissão, subestações, linhas de distribuição, para melhorar, a oferta de
energia. O Oeste é um ponto crítico, tem várias empresas ali, ligada ao Agro,
querendo ampliar ou instalar novas plantas, e você ter um gargalo, que a
COELBA retardou, muito esses investimentos e a oferta de energia, não está
disponível agora, e esse é o desafio, da gente fiscalizar até 2027, a
implantação desse plano de investimento e aguardar, qual vai ser a decisão do
Ministério de Minas e Energia, se ele (Ministério) vai ou não, renovar a
concessão da COELBA por mais 30 anos.
Quando te falo investimento,
eles determinaram o valor de R$ 13,3 bilhões, de investimentos nos três anos.
Esse ano (2024), já foram executados R$2,3 bi., é um investimento significativo,
para você ter uma ideia, havia uma estimativa, de R$ 5 bilhões de investimento
para implantar, uma planta moderna e fabricação de carro elétrico aqui em
Camaçari. Então isso (investimento) é mais do que duas né? (plantas), mas não
sentimos a repercussão desse investimento no dia a dia. Né? Então, a COELBA tem
um dever de casa, muito grande, para recuperar o tempo perdido. “Atrasou muito e deixou ficar insegura, no
ponto de vista, da oferta de energia e não vai recuperar isso da noite pra o
dia, tem que trabalhar muito, para esse tempo perdido, ser sentido, para
população, que quer, uma energia barata, de qualidade e constante.” Concluiu.
(Itamar Ribeiro/SN)
Foto: Ascom/Alba