O preço do abandono: Cristovaldo e os servidores esquecidos por Zé Ronaldo

Por décadas, os servidores
terceirizados e cargos de confiança da Prefeitura de Feira de Santana não
enfrentaram tantas dificuldades quanto agora. Espectativas de mudança e
valorização que foram criadas durante a campanha eleitoral sobre a eleição Zé
Ronaldo e Pablo Roberto se transformaram em frustração para milhares de
trabalhadores. A promessa de resolver problemas históricos, como atraso de
salários e desvalorização profissional, não passou de sonho, e os resultados
são devastadores.

Desamparo e fome entre os
trabalhadores

Entre os mais afetados está
Cristovaldo de Jesus, figura emblemática da campanha eleitoral, que se dedicou
com afinco à vitória da atual gestão. Antes cobiçado e respeitado, hoje ele
vive à mercê de doações de amigos para sobreviver. Cristovaldo ilustra o
abandono de uma gestão que virou as costas para aqueles que ajudaram a
construir seu sucesso eleitoral.

Amigos relatam que Cristovaldo,
que um dia influenciou os rumores da política local, agora depende de cestas
básicas para alimentar sua família. Essa realidade não é isolada. São
incontáveis os relatos de mães de família, servidores técnicos de enfermagem e
outros trabalhadores terceirizados que, devido aos atrasos, alimentam os filhos
com flocos de milho e chá.

Três meses sem variações: uma
crise humanitária

O cenário é ainda mais alarmante
no setor da saúde. Em entrevista recente, o secretário de saúde admitiu ter
ficado comovido ao ouvir que uma técnica de enfermagem estava organizando uma
“vaquinha” para alimentar seus três filhos. No entanto, apesar da sua
solidariedade, a solução prática para sair dos atrasos, que já acumularam três
meses, não foi apresentada.

A justificativa oficial é de que
a responsabilidade com os pagamentos só começaria em fevereiro. Contudo, para
quem tem contas a pagar e crianças para alimentar, 18 dias do novo governo e de
espera já são um pesadelo.

O peso do abandono

A história de Cristovaldo é
compartilhada por outros líderes que deram tudo de si pela campanha de Zé
Ronaldo. Nomes como Daniel da Rua Nova, Magal, Altemir da Caboronga, e tantos
outros, conhecidos pela sua dedicação incondicional, também aguardam nomeações
ou, pelo menos, reconhecimento pelo esforço. No entanto, o que recebe é
silêncio e desprezo.

O impacto emocional e social
desse caso é imensurável. Para esses trabalhadores, que andaram lado a lado com
Zé Ronaldo e Pablo Roberto, a frieza da gestão atual representa uma traição. O
sonho de um futuro melhor deu lugar ao desespero de não saber como alimentar a
família no dia seguinte.

Do sonho ao pesadelo

O que era esperança virou
desilusão. Aqueles que lutaram arduamente para eleger uma nova gestão agora
enfrentam fome, humilhação e esquecimento. Feira de Santana assistiu a uma
crise sem precedentes, onde os verdadeiros heróis do trabalho diário são negligenciados
em nome de uma gestão que prometeu mudar, mas até agora só deixaram marcas de
abandono.

A cidade aguarda por respostas,
enquanto os servidores terceirizados e os “orelhinhas secas” clamam por justiça
e respeito. Para eles, o silêncio das autoridades é torturador. (Rota da Informação).

Foto: Divulgação

 

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