Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf) do Ministério da Fazenda, divulgado pela revista [Veja] na edição deste
final de semana, mostra que a empresa que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva abriu para gerenciar suas palestras, a Lils, recebeu R$ 10 milhões vieram
das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras investigado
pela Operação Lava Jato entre abril de 2011 e maior deste ano. O faturamento
total da Lils no período foi de R$ 27 milhões.
De acordo com o relatório obtido pela publicação, a
Odebrecht pagou R$ 2,8 milhões. A Andrade Gutierrez fez dois pagamentos que
totalizaram R$ 1,9 milhão para Lils, iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva. A
OAS repassou R$ 1,4 milhão, a Camargo Corrêa, R$ 1,1 milhão e a Queiroz Galvão,
R$ 1,2 milhão (em dois pagamentos).
Segundo a [Veja], o Coaf classificou a movimentação
financeira da Lils como incompatível com o faturamento. O relatório está em
poder dos investigadores da Lava Jato. Os técnicos do Coaf destacam no documento
que “aproximadamente 30 ” dos valores recebidos pela empresa de
palestras do ex-presidente foram provenientes das empreiteiras envolvidas no
escândalo da Petrobras.
Ainda de acordo com a [Veja], dos R$ 27 milhões faturados, o
ex-presidente investiu R$ 13 milhões em aplicações financeiras e depositou
outros R$ 5 milhões em um plano de previdência privada. Também foram feitos
depósitos nas contas dos filhos do ex-presidente e na de Paulo Okamoto,
presidente do Instituto Lula e sócio-administrador da empresa de palestras.
Entre entre créditos e débitos, diz a revista, a Lils teve
uma movimentação de R$ 52 milhões. A conta-corrente da empresa que começa com o
número 13 (referência ao número do PT).
A assessoria de imprensa do Instituto Lula não foi localizada
para comentar as informações divulgadas pela [Veja].
Foto: (Estadão Conteúdo)