Oposição quer instalar CPI mista da Petrobras quarta, 21

A oposição articula-se para instalar, já na próxima
quarta-feira (21), a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que vai
investigar a Petrobras. Apesar de alguns partidos da base aliada ainda não
terem indicado os nomes dos integrantes da CPI mista, já foi atingido o número
mínimo de participantes para que ela possa funcionar.

Era necessária a indicação de pelo menos 17 dos 32
parlamentares, entre titulares e suplentes, e já foram definidos os nomes de 19
deputados e senadores.

Inicialmente, a oposição anunciou que instalaria a CPI
mista nesta quinta-feira (15). No entanto, decidiu esperar o fim do prazo
regimental de cinco sessões para indicação dos nomes pelos líderes partidários,
que termina na terça-feira (20). Se algum partido não definir os parlamentares
para compor a comissão, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, tem
até 27 de maio para fazer as indicações.

O deputado Sibá Machado (PT-AC), que é vice-líder da
bancada petista na Câmara, declarou que o partido vai indicar os nomes dos
deputados que vão compor a CPMI da Petrobras até a próxima terça-feira.

?Há um entendimento da coordenação da bancada de que o
líder, Vicentinho [PT-SP], vai fazer esse encaminhamento pessoal, vai fazer a
escolha da participação do PT, que são dois titulares e dois suplentes?, disse
Sibá.

Uma CPI composta só por senadores para investigar a
Petrobras já está em funcionamento. No entanto, o líder do DEM na Câmara,
deputado Mendonça Filho (PE), classificou essa comissão como ?chapa branca?,
porque, na opinião dele, ?o Senado virou uma Casa onde o poder do governo é
absoluto?.

?Temos que fugir disso e operar uma investigação
verdadeira e que aprofunde a averiguação de todas as denúncias envolvendo a
Petrobras?, afirmou Mendonça Filho.

O líder do DEM disse que, na prática, vai prevalecer a
comissão que traduzir o objetivo dela em resultado concreto. ?Aquela que ficar
só para satisfazer a vontade do Palácio do Planalto, como é o caso da CPI do
Senado, vai perder respeito e até acompanhamento por parte da imprensa e da
população. A outra, no caso da Câmara e do Senado juntos, tem realmente tudo
para decolar, porque aqui o trabalho não vai ser feito sob a tutela do
governo?, declarou o deputado.

Diário do Poder

Tópicos