NOVA FASE DA LAVA JATO BUSCA PROVAS DOCUMENTAIS, DIZ MPF

A 20ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta
segunda-feira (16), teve como objetivo buscar provas documentais sobre crimes
cometidos dentro da Petrobras.

Além disso, duas pessoas foram presas temporariamente:
Roberto Gonçalves, ex-gerente executivo da petrolífera, e Nelson Martins
Ribeiro, apontado como operador financeiro. Eles são suspeitos de participar do
esquema criminoso de fraude, corrupção e desvio de dinheiro.

Ambos serão levados para a Superintendência da Polícia
Federal, em Curitiba. A previsão é que eles cheguem ao local por volta das 19h
desta segunda-feira.

James Walker Junior, advogado que representa Roberto
Gonçalves, explicou que o cliente participava tecnicamente dos contratos
firmados pela Petrobras. [Todas as gerências de todas as diretorias participam
de todos os contratos da Petrobras. E ele, como um técnico, participou
tecnicamente de todos estes contratos (…) 
Mas ele não teve ingerência em todos esses contratos], disse o advogado.

Junior disse também que vai esperar ter acesso à decisão da
Justiça Federal de prender Roberto Gonçalves para analisar se vai recorrer ou
não. O G1 tenta localizar o advogado de Nelson Ribeiro.

Bloqueio de bens

Também nesta segunda, o juiz federal Sérgio Moro,
responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, determinou o
bloqueio de valores dos dois investigados presos na 20ª etapa da operação.

O valor a ser bloqueado de Roberto Gonçalves é de R$ 40
milhões. Já das contas de Nelson Martins, o juiz determinou o bloqueio de R$ 20
milhões.

O nome desta fase da Lava Jato, [Corrosão], faz menção à luta
diária da Petrobras para combater os desgastes nas plataformas.

[Pasadena, por exemplo, é conhecida como ruivinha justamente
pelo nível alto de corrosão. Mas o termo que nós nos referimos é justamente o
que a corrosão causa no empresário, na população e em políticos].

São ex-gerentes da Área Internacional e ex-profissionais do
setor de inteligência que, de acordo com as investigações, receberam valores
indevidos de representantes de empresas com contratos relacionados às
refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Pasadena, nos Estados Unidos.

Adriana Justi e Bibiana Dionísio-Do G1 PR

Foto: Edi Carlos / RPC Curitiba)

Tópicos