Relatório da
Polícia Federal revelou que suspeita da existência de uma organização
criminosa no seio da empresa Petrobras, ao investigar a compra superfaturada
da refinaria de Pasadena (Texas), nos Estados Unidos. O relatório da PF informa
ainda que há a suspeita de que a estatal patrocinaria desvio de recursos
públicos para o exterior e consequente ?retorno de numerário via empresas
offshore?.
Encaminhado
ao juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, o documento informa que o
suposto esquema serviria de base para ?pagamento de propinas e abastecimento
financeiro de grupos criminosos envolvidos no ramo petroleiro?. Segundo o
texto, de 22 de abril, apura-se a possível participação do ex-diretor da
estatal Paulo Roberto Costa em irregularidades na compra da refinaria do Texas.
Paulo
Roberto Costa foi preso na Operação Lava Jato, em março, e solto nesta
terça-feira (19) por ordem do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal
Federal. Costa também foi representante da Petrobras no comitê interno da refinaria
de Pasadena.
Comprada em
2006, a refinaria de Pasadena se tornou o centro de uma crise política após a
presidente Dilma Rousseff afirmar que a aprovação do negócio se deu com base em
um documento técnica e juridicamente falho. Dilma era a presidente do Conselho
de Administração da estatal na época da aquisição. Até agora não havia surgido
detalhes sobre a investigação da PF sobre o negócio. (Diário do Poder)