A presidente Dilma Rousseff admitiu pela primeira vez que o
impeachment não se trata de um golpe. [Impeachment em si não é golpe], disse ao
participar da inauguração de uma estação de metrô em Salvador. Durante
discurso, a petista se defendeu dizendo que a acusação contra ela não tem
fundamento e alegou ter uma vida ilibada].
Dilma reconheceu que a crise política é grave e insistiu no
discurso de dividir o País recorrendo ao fato de ter recebido [54 milhões de
votos], mas esqueceu da enorme diferença entre o discurso de campanha e as
atitudes assim que venceu as eleições. Para piorar, a presidente usou seu
clichê preferido acusando a oposição de apostar na [tese do quanto pior melhor].
Em vez de apresentar propostas concretas para combater a
crise econômica que assola o Brasil há mais de um ano, a petista agiu como se
ainda estivesse em campanha. [Temos de garantir que o País volte a crescer,
gerar emprego. Somos capazes de fazê-lo], disse, sem dar nenhuma pista sobre
como vai fazer isso acontecer.
Ela refutou a ideia de que o Brasil vive um regime parlamentarista,
onde o primeiro-ministro perde o cargo caso haja desconfiança do Parlamento em
relação ao governo e novas eleições são convocadas para formar um novo
gabinete. [No presidencialismo uma pessoa concorre a eleição. Não gostar do
presidente, querer encurtar o tempo para chegar a ser presidente, isso não está
previsto na Constituição], completou. (Diário do Poder)
FOTO: MANU DIAS/GOVBA