Imagens captadas pelas câmeras de segurança do prédio
onde funcionava o escritório do doleiro, em São Paulo, mostra que Argôlo e
Negromonte usavam nomes diferentes dos quais são conhecidos na hora de
registrar visitar Yousseff. Luiz Ârgolo usava João Santos e Mario Negromonte
usava Mário Silva Mendes.
A base de operação do doleiro era também ponto de
peregrinação de políticos de partidos sabidamente envolvidos em tramoias
financeiras. As investigações já revelaram que empresas-fantasmas controladas
por Youssef recebeiam em suas contas inexplicáveis depósitos milionários de
algumas das mais importantes empreiteiras do país. O dinheiro que entrava de um
lado, por meio de contratos simulados de consultoria, saía por outro na forma
de repasses a políticos e partidos. Os mesmos políticos e partidos que
indicavam os apadrinhados que contratavam as empreiteiras pagadoras. É desse
triângulo equilátero da corrupção que emergem os clientes mais vistosos do
doleiro, diz a publicação.
Luiz Argôlo responde a processo no Conselho de Ética da
Câmara. Já Mário Negromonte tenta emplacar, com o apoio do governador Jaques
Wagner (PT), uma cadeira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), órgão
fiscalizador da gestão dos 417 prefeitos baianos. (Bocão News)