SEXTA FASE DA OPERALJÃO ZELOTES TEM O GRUPO GERDAU COMO ALVO

A sexta fase da Operação Zelotes foi deflagrada na manhã
desta quinta-feira (25), no cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão e
20 de condução coercitiva (quando a pessoa presta depoimento na delegacia e
depois é liberada), mas nenhum de prisão. Um dos alvos deste 6ª fase é o grupo
Gerdau.

Um dos mandados de condução coercitiva é contra o presidente
do Conselho do Grupo Gerdau, André Gerdau. A PF esta nos endereços da empresa
cumprindo mandados de busca. Segundo a PF, o grupo Gerdau, que possui operações
industriais em 14 países, celebrou contratos com escritórios de advocacia e de
consultoria, que agiram de maneira ilícita manipulando o andamento do processo.
O grupo de lobistas continuou atuando mesmo após a deflagração da operação em
março do ano passado, segundo as investigações.

A Zelotes investiga fraudes em julgamentos no Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda. A Polícia
Federal também tem mandado para cumprir duas oitivas com pessoas que já foram
presas na Zelotes e estão no presídio da Papuda, em Brasília.

A suspeita é que o grupo Gerdau tenha tentado interferir
Carf  no pagamento de multas que somam R$
1,5 bilhão. Os mandados são cumpridos em quatro estados ? Rio Grande do Sul,
Rio d Janeiro, São Paulo e Pernambuco ? e também no Distrito Federal. Um dos
mandados de busca e apreensão em Brasíia estão sendo cumpridos em escritórios
da Gerdau, no SIA, Setor 1, lotes 1610/1640.

A Zelotes foi deflagrada há um ano, em março de 2015.
Inicialmente, a operação apurava o esquema em que, segundo a polícia, empresas
atuaram junto a conselheiros do Carf para que multas aplicadas a elas fossem
reduzidas ou anuladas.

Há ainda outros dois desdobramentos da Zelotes em curso. Um
deles, apura pagamento à LFT Marketing Esportivo, empresa de Luís Claudio Lula
da Silva, filho mais novo do ex-presidente Lula, pela Marcondes e Mautoni, por
uma das consultorias acusadas de envolvimento na compra de decisões no Carf e
de normas. Ele recebeu R$ 2,5 milhões da empresa, segundo a PF, para copiar e
colar informações da internet. Luís Claudio diz que fez consultoria de
marketing esportivo. Outra investigação é sobre suposto lobby da Marcondes para
a compra de caças pelo governo Dilma. (Diário do Poder)

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