RENAN: NÃO HÁ PRAZO PARA ANÁLISE DO IMPEACHMENT DE JANOT

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse
nesta quarta-feira, 22, que houve um aditamento no pedido de impeachment do
Procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot. Na terça-feira, 21, Renan
enviou a denúncia para a Advocacia do Senado, porém não estabeleceu um prazo
para a elaboração do parecer. Ele negou que a demora na tramitação do processo
seja uma tentativa de intimidar Janot. [Eu não sou de fazer chantagem, apenas
dei uma informação, e mandei para a Advocacia em função do aditamento],
declarou.

Segundo Renan, [estão chegando outros pedidos] de
impedimento contra Janot, o que considerou ser [inusitado]. [Do ponto de vista
do Senado, que não faz parte da crise, e sim da solução, nós vamos ter total
responsabilidade com isso], afirmou. Até a semana passada, havia quatro pedidos
de impeachment contra o procurador-geral na Casa, dos quais quatro já foram
arquivados. A iniciativa de Renan de anunciar que poderia aceitar um desses
pedidos surgiu poucos dias depois de Janot pedir a sua prisão e a de outras
lideranças do PMDB.

Renan se encontrou na terça-feira com o presidente em
exercício Michel Temer durante um jantar na casa do senador Zezé Perrellla
(PTB-MG). [A conversa foi informal, mas muito boa, porque ajuda nas relações do
Executivo com o Legislativo], comentou. Renan contou que Temer havia pedido
agilidade na votação da Lei das Estatais no início da semana, aprovada ontem no
Senado, e que o texto já foi encaminhado para o Executivo. Depois do encontro,
o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), disse que Temer poderia
sancionar a matéria nesta quarta-feira, 22.

[Essa é uma grande resposta que a sociedade cobra para que
não haja mais emparelhamento nas estatais e nos fundos. O Brasil precisa passar
por essa etapa], declarou. Renan comentou ainda a pauta de votações do Senado,
demonstrando esforço para garantir a aprovação do projeto do Supersimples ainda
nesta quarta-feira. Para ele, o texto é [importante para a retomada da
economia]. [Depois da renegociação das dívidas do Estados, essa é a matéria
mais importante, vamos fazer de tudo para aprová-la,] avaliou. (AE)

(FOTO: MONTAGEM)-Diário do Poder

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