CHEFES DOS PODERES DISCUTEM SEGURANLJA PÚBLICA EM REUNIÃO

Os presidentes da República, Michel Temer, do Congresso
Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministra Cármen Lúcia, iniciaram no Palácio do Itamaraty, na manhã desta
sexta-feira (28), uma reunião para discutir a segurança pública no país.

Eles não chegaram pela entrada principal do palácio, sede do
Ministério das Relações Exteriores, mas por uma entrada lateral. Sem falar com
a imprensa, o grupo atravessou o salão e foi para uma sala reservada.

A reunião é o primeiro encontro entre Cármen Lúcia e Renan
Calheiros depois das críticas públicas que os dois trocaram ao longo desta
semana após uma operação, autorizada pela Justiça Federal do DF, que prendeu
integrantes da polícia do Senado.

Além dos chefes dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, foram chamados para a reunião desta sexta o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os
ministros Alexandre de Moraes (Justiça), Raul Jungmann (Defesa), Sérgio
Etchegoyen (Segurança Institucional), José Serra (Relações Exteriores), o
diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, e o presidente do Conselho Federal
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia..

Também foram à reunião desta sexta os comandantes da
Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal, do Exército, general Eduardo Villas
Bôas e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Nivaldo Rossato.

O encontro foi articulado por Cármen Lúcia, segundo informou
o Blog do Camarotti, em razão de episódios recentes na segurança pública do
país, como: a crise no Rio Grande do Norte depois que o governo decidiu
bloquear celulares em presídios; as ameaças de gangues à realização das
eleições no Maranhão; os crimes violentos no Rio Grande do Sul; e a saída de
José Mariano Beltrame da Secretaria da Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Nesta quinta (27), durante entrevista à imprensa, no Palácio
do Planalto, o presidente Michel Temer disse a jornalistas que a reunião deverá
servir para “traçar panoramas” para a segurança pública do país.

[A partir deste panorama, vamos tentar apresentar soluções.
Logo depois, reunir-se-ão governadores, secretários de segurança e etc. que vão
continuar a tratar deste assunto], declarou o presidente na ocasião.

Luciana Amaral, Bernardo Caram e Renan Ramalho-Do G1, em
Brasília

(Foto: Carlos Humberto/STF)

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