As delações premiadas de executivos da Odebrecht citaram
algumas das figuras mais importantes da política recente no Brasil, mas nem
todas já são alvos de inquéritos na Justiça. Uma das suspeitas mais comuns é a
de receber ou cobrar propinas da construtora para campanhas eleitorais em troca
de favores políticos. Veja a seguir quais são as suspeitas sobre os principais
nomes que apareceram durante as investigações.
Com [imunidade temporária], o presidente não pode ser
investigado por crimes que não aconteceram no exercício do mandato. A
Procuradoria-Geral da República (PGR) não o incluiu na [lista do Janot], e por
consequência ele também não é alvo de inquérito da [lista de Fachin], embora
seja citado em 2 deles.
Suspeitas
Ex-executivo da Odebrecht Márcio Faria diz que participou,
em 15 de julho de 2010, de uma reunião comandada por Michel Temer na qual foi
discutida a [compra do PMDB] por US$ 40 milhões.
Marcelo Odebrecht disse que um jantar no Palácio do Jaburu
com o então vice-presidente, em 28 de maio de 2014, foi como um [shake hands]
(apertar de mãos, em inglês) para um acerto no valor de R$ 10 milhões da
empreiteira para o PMDB.
Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações
Institucionais da empreiteira, afirmou que no mesmo jantar Temer solicitou
[direta e pessoalmente] a Marcelo Odebrecht apoio financeiro para as campanhas
do PMDB em 2014.
Em declarações feitas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
em março, Marcelo Odebrecht também disse ter pago R$ 150 milhões à chapa
Dilma-Temer na campanha de 2014. (G.1)
Foto: Montagem (G.1)