O ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), o governador
da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o prefeito de Lauro de Freitas, Márcio Paiva
(PP), se disseram otimistas com o Centro Pan-Americano de Judô, que foi
inaugurado na manhã desta segunda-feira (28) com a presença das autoridades.
?O judô
brasileiro individual e por equipes já é vitorioso?, disse o ministro do
Esporte, Aldo Rebelo, ao ser questionado se um eventual fracasso olímpico do
país na modalidade poderia refletir em críticas ao equipamento, que custou R$
43,2 milhões, sendo R$ 19,8 milhões do Plano Brasil Medalhas do Ministério do
Esporte, R$ 18,3 milhões da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte
(Setre) do Governo da Bahia e R$ 5,1 milhões da Confederação Brasileira de Judô
(CBJ).
?Esse equipamento não se volta apenas ao judô de alto
rendimento, mas os resultados acontecendo já é uma demonstração do apreço do
governo brasileiro por essa modalidade?, completa o ministro.
Ao rechaçar a hipótese de que o centro pode virar um
?elefante branco?, Jaques Wagner jogou a responsabilidade dos resultados
olímpicos à Confederação Brasileira de Judô (CBJ), que tinha o presidente no
evento. ?Isso é bobagem [hipótese de virar elefante branco se o Brasil não for
bem-sucedido na Olimpíada]. A gente está fazendo um centro de esportes, e não é
para a Olimpíada. Os resultados na Olimpíada não dependem desse centro,
dependem da Confederação Brasileira de Judô?, opina.
Na opinião do prefeito de Lauro de Freitas, Márcio
Paiva, a preparação para grandes eventos é secundária. ?Acho que não [sobre
hipótese de virar elefante branco]. Não existe equipe de sucesso que não tenha
gente. A melhor maneira de tirar os nossos jovens das drogas é o esporte?,
acredita.
No entanto, o ex-judoca Oswaldo Simões, medalha de ouro
nos Jogos Pan-Americanos de 1979, campeão mundial universitário em 1978 e
quinto colocado em dois mundiais, além de participação na Olimpíada de 1980 e
diversos títulos brasileiros e sul-americanos, precisou sair da Bahia aos 21
anos para seguir carreira de sucesso.
O medalhista espera que as próximas gerações no estado
não precisem sair tão cedo para se prepararem bem. ?O Brasil já está tendo bons
resultados no judô. Isso aqui [o centro de Lauro de Freitas] é uma conquista de
muito tempo. Tive que sair da Bahia com 21 anos, tive que fazer minha vida
fora, mas novos baianos poderão crescer aqui dentro, o aperfeiçoamento será
aqui, com equipes de fora que virão. Eles se aperfeiçoarão aqui, coisa que tive
que buscar lá fora?, contextualiza Oswaldo. (Bocão News)