[Governo comete falhas que comprometem os princí­pios da administração pública], diz Oposição ao avaliar resultado das contas 2017

Ao tomar conhecimento do relatório das contas do Poder
Executivo estadual, do exercício de 2017, aprovadas com ressalvas, ontem, pelo
pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a Bancada de Oposição na
Assembleia Legislativa da Bahia, ratificou as irregularidades apontadas e
concluiu que o governo do estado comete falhas graves, que comprometem os
princípios da administração pública. Entre os motivos, que os deputados
vêm denunciando há três anos se destacam o não pagamento das emendas
impositivas, o abuso no contrato por Reda, que deveria ser tratado apenas de
forma excepcional, o déficit dos dois sistemas da previdência do estado (Baprev
e Funprev), além do excesso nas Despesas de Exercícios Anteriores (DEA),
deixando R$ 1.587,8 milhões para pagar este ano.

[Há uma série de erros que o governo vem cometendo e apesar
das ressalvas, esses erros se repetem, mostrando que a administração do
governador Rui Costa (PT) não teve o compromisso de consertar as incorreções
que já haviam sido alertadas anteriormente pela Corte], avaliou o líder da
Bancada, deputado Luciano Ribeiro (DEM).

O líder reitera que o governo fere a Constituição da Bahia
ao não pagar as emendas individuais parlamentares (impositivas), previstas
também na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). [Além de não pagar quando o
faz é de forma irregular, sem critério, sem respeitar a isonomia. Chamou nossa
atenção ainda a gravidade, quando o governo também não respeita a distribuição
das emendas para todas as áreas. Ficou comprovado que educação, por exemplo,
não recebeu nada. O governo não respeitou nem o limite de 25 por cento que
deveria ir para essa área], condenou Luciano.

O governo aumentou para 32.255 os contratos por Reda,
atingindo o valor de R$515,8 milhões, o que corresponde a 2,7 por cento do
total de gasto com pessoal e encargos. De 2016 para 2017 houve um aumento de
14.933 contratos, sendo 82 por cento deles na Secretaria de Educação. Na
questão da previdência, o relatório mostrou que estão se exaurindo os recursos
do Baprev, plano da Previdência fundado em 2008. Ano passado, o governo
transferiu recursos do Baprev para o Funprev no valor de R$1,8 milhões,
aumentando o desequilíbrio financeiro. Para a Bancada, embora não tenha
ocorrido rejeição das contas, o relatório deixou claro que os atos do
governador atentaram contra a Constituição Estadual e contra a lei orçamentária
do estado. (Texto e foto – Ascom) 

 

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