Após criticar ministros do STF, Dallagnol pode ser punido por infração disciplinar

Coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério
Público Federal (MPF), o procurador Deltan Dallagnol será alvo de um
procedimento para apurar possível infração disciplinar, após criticar a decisão
da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de transferir para a Justiça de
Brasília trechos da delação premiada de executivos da Odebrecht com referências
ao ex-presidente Lula, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha.

Dallagnol afirmou na última quarta-feira (15), em entrevista
à CBN, que a decisão foi tomada [pelos três mesmos de sempre, que tiram tudo de
Curitiba e que mandam tudo para a Justiça Eleitoral e sempre dão habeas corpus,
estão sempre formando uma panelinha e que mandam uma mensagem muito forte de
leniência a favor da corrupção].

Apesar de não mencionar os nomes, o procurador se referia
aos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Pelas
declarações, o coordenador da Lava Jato terá que dar explicações a dois órgãos
disciplinares: a corregedoria do MPF e a do Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP).

Um dos procedimentos foi instaurado a pedido de Toffoli, que
se encontrou nesta quinta-feira (16) com o corregedor-geral do CNMP, Orlando
Rochadel.

[Nessa primeira fase, vamos degravar a entrevista concedida
por ele e ver se há algum indício de infração e se há expressões incompatíveis
[com o exercício da função]. Depois vamos pedir explicações e, a partir daí,
decidir se abriremos um procedimento administrativo disciplinar], declarou o
corregedor-geral do CNMP. (bahia.ba)

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

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