Aliado e correligionário do prefeito ACM Neto, o deputado
federal Elmar Nascimento (DEM) afirmou ver chances de vitória do presidenciável
Jair Bolsonaro (PSL) no primeiro turno e criticou a estratégia do tucano
Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à Presidência apoiado pelo Democratas.
Para Elmar, o ex-governador de São Paulo falhou em não ter
um [palanque sólido] no seu estado, maior colégio eleitoral do país. [Quem quer
tudo não tem ninguém. Geraldo quis abraçar dois: [Márcio] França e [João]
Doria. Dos 32 por cento que Bolsonaro tem, 12,5 por cento são de São Paulo],
declarou o parlamentar.
Elmar ainda disse que, no seu entendimento, o DEM errou em
apoiar o PSDB. Ele afirmou ter defendido que a legenda marchasse ao lado de
Ciro Gomes (PDT).
Segundo o democrata, os tucanos [passaram a mão na cabeça]
de pessoas envolvidas em [mal feito]. [O povo toma a impressão de que é igual
ao PT. Estamos pagando esse preço: a rejeição é ao PSDB, não ao Geraldo],
opinou, ao relembrar que o próprio DEM expulsou José Roberto Arruda e
Demóstenes Torres, envolvidos em escândalos.
O deputado afirmou também que, ao anunciar apoio a
Bolsonaro, o candidato ao governo Zé Ronaldo (DEM) apenas fez um [desabafo]. [Quem
conseguiu falar no coração das pessoas do campo adversário ao PT foi o
Bolsonaro, infelizmente], defendeu.
Apesar de informações de aliados de que estaria pedindo voto
para o capitão da reserva no interior, Elmar negou que tenha debandado. O
democrata, no entanto, fez uma ressalva: [O candidato do meu partido é Alckmin.
Apesar de que, em eleição nacional, não temos capacidade de transferir voto.
[?] Ninguém é boi para seguir orientação de nada, o povo quer virar a página
sem saber o que vai dar]. [No segundo turno, a gente se reposiciona, se tiver],
acrescentou.
Questionado se acreditava na chance do pleito presidencial
ser resolvido no primeiro turno, o deputado argumentou: [Vejo um Brasil muito
segregado. Uma repetição da eleição passada, com uma diferença. Na eleição
passada, o Rio estava dividido, São Paulo com Aécio, Minas com Dilma. Agora, o
Sudeste todo a favor do Bolsonaro, e lá está 40 por cento do eleitorado. Se
marchar nesse ritmo, há chance]. (Rodrigo Aguiar ? bahia.ba)
Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados