Deputados tomam posse e se preparam para eleger a nova Mesa da Câmara

Os deputados eleitos para a 56ª legislatura (2019-2023)
da Câmara dos Deputados foram empossados nesta sexta-feira, em sessão no
Plenário Ulysses Guimarães. No início da tarde, os partidos se organizaram em três blocos parlamentares,
com o objetivo de aumentar a representatividade na composição dos órgãos da
Casa.

Em seguida, uma reunião de líderes definiu os candidatos aos cargos da Mesa Diretora, com base
na definição dos blocos parlamentares e na escolha dos cargos a que os blocos
têm direito. A sessão destinada à eleição da Mesa está prevista para as 18
horas. 

Dos 513 deputados, 512 compareceram e fizeram o juramento:[Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover
o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a
independência do Brasil]. Respondendo à chamada nominal, por estado, cada
deputado disse: [Assim o prometo].

O deputado Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), indicado para
ministro do Turismo, foi o único que não compareceu. Outros deputados indicados
para compor o ministério do presidente da República, Jair Bolsonaro, tomaram
posse: Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Casa Civil; Tereza Cristina (DEM-MS), da
Agricultura; Osmar Terra (MDB-RS), da Cidadania. Após a posse, eles solicitarão
licença do mandato parlamentar para assumir o cargo de ministros.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, informou a renúncia do
deputado Jean Wyllys (Psol-RJ). David Miranda (Psol-RJ) assumiu a vaga. Além
disso, Maia comunicou o falecimento do deputado eleito Wagner Montes (PRB-RJ),
após as eleições. A vaga ficou com o suplente Jorge Braz de Oliveira (PRB- RJ).

Renovação e perfil
O índice de renovação na Câmara na legislatura que se inicia é de 47,37 por
cento, segundo a Secretaria Geral da Mesa. Das 513 cadeiras disponíveis na
Casa, 243 serão ocupadas por deputados [novos] (de primeiro mandato). Outros
251 parlamentares (49 por cento) foram reeleitos e 19 (4 por cento) já foram
deputados em legislaturas anteriores.

Entre os 513 deputados empossados, há 436 homens e 77
mulheres (15 por cento da Câmara). Ao todo, 125 deputados se autodeclaram
negros (104 pardos e 21 pretos), o que corresponde a 24,3 por cento do total.
Os deputados brancos representam 75 por cento da nova Câmara.

Pela primeira vez na história, a Câmara contará com uma
deputada indígena: Joênia Wapichana (Rede-RR). Antes dela, apenas o xavante
Mário Juruna havia ocupado uma vaga na Casa, eleito em 1982.

A faixa etária que mais concentra deputados é a de 51 a 60
anos (145). A mais velha é Luiza Erundina (Psol-SP), com 84 anos, e a mais
nova, Luisa Canziani (PTB-PR), com 22.

Em relação à profissão, há 108 empresários, 78 advogados, 34
médicos, 29 professores e 26 servidores públicos. Ao todo, são 36 profissões
diferentes com representação na Câmara. O número de deputados com curso
superior completo chega a 415.

Partidos
São ao todo 30 partidos com representantes eleitos para esta legislatura. Os
partidos com maior número de deputados são PT (54) e PSL (52) – partido de
Bolsonaro.

Deputados de partidos que não atingiram a cláusula de
barreira fixada pela Emenda Constitucional 97 (PCdoB, Rede, Patri, PHS, PRP,
PMN, PTC, PPL e DC) podem mudar de partido sem que isso signifique perda de
mandato. Alguns desses partidos já optaram por se juntar: o Patriota incorporou
o PRP; o PCdoB incorporou o PPL; e o PHS foi incorporado ao Podemos, que
atingiu a cláusula. (Reportagem – Lara Haje Edição – Natalia Doederlein – Agencia Câmara).

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

 

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