Coronel acusa Lí­dice de seguir ditado [farinha pouca, meu pirão primeiro]

O embate público
entre o senador Ângelo Coronel (PSD) e a deputada federal Lídice da Mata (PSB)
ganhou ares de briga neste sábado (9).

O pano de fundo é o
projeto de lei apresentado pelo senador para acabar com a cota feminina na
política, mas os dois são desafetos desde o ano passado, quando disputaram uma
vaga na chapa majoritária do governador Rui Costa (PT).

Em meio à discussão
recente, iniciada pouco antes do Carnaval, Coronel escreveu no seu Twitter que
Lídice, assim como a colega Alice Portugal (PCdoB) e as deputadas estaduais
Fabíola Mansur e Olívia Santana foram eleitas [por mérito].

Lídice e Alice rebateram Coronel e a ex-senadora questionou a
motivação do senador para apresentar o projeto.

[Desde 1996 temos
políticas de cotas e só agora, quando mexeu no bolso, quando tem Fundo Partidário
envolvido, virou essa grita], declarou Lídice.

No ano passado, o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garantiu a aplicação de no mínimo 30 dos
recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e do tempo de
propaganda gratuita no rádio e na TV para as candidaturas de mulheres.

Em sua tréplica,
Coronel acusou a socialista de seguir o ditado [farinha pouca, meu pirão primeiro]
e disse que a parlamentar [deveria ser mais condescendente com suas
companheiras de partido na repartição do fundo eleitoral].

[Ela [Lídice]
realmente não se incomodou com a ?bolsa? pois abocanhou 98 por cento dos
recursos do fundo eleitoral para sua campanha enquanto a outra mulher candidata
a federal [Maria da Luz], incentivada por ela, recebeu menos de 2 por cento do
fundo eleitoral. Ressalto que nenhuma das duas foram candidatas por força da
lei de cotas], escreveu o senador, em mensagem ao bahia.ba.

O senador também
cutucou a distribuição dos recursos no âmbito estadual pelo PSB, partido
presidido por Lídice na Bahia.

[Para candidaturas a
deputada estadual, a presidente do PSB Lídice da Mata foi mais democrática no
incentivo e lançamento de três novas mulheres e mais a tradicional reeleição da
deputada Fabíola. Na distribuição do fundo eleitoral, já se nota que também
para deputado estadual no PSB antiguidade é o que vale, por isso a deputada
Fabíola, candidata a estadual, recebeu pouco mais de 83 por cento das verbas
partidárias], acrescentou.

[Realmente uma
grande força a senhora Lídice da Mata, presidente do PSB, faz para inclusão de
novas mulheres na política, contanto que não toque na sua cota dos valores do
fundo partidário], finalizou o senador.

Conforme o TSE, a
definição dos critérios de distribuição do FEFC aos candidatos de cada partido
é uma decisão interna corporis das legendas, e que não cabe à Corte analisar o
mérito dos critérios fixados, exceto em relação à cota de gênero. (Rodrigo
Aguiar-bahia.ba).

Foto: Sandra
Travassos/ALBA

 

 

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