O Ministério Público Federal (MPF) recorreu nesta
segunda-feira (1) da decisão que libertou, há uma semana, o ex-presidente
Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco e mais seis investigados por desvios
na usina de Angra 3, da Eletronuclear. Temer foi solto na última segunda-feira
(25) por ordem do desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região (TRF-2).
O magistrado havia mandado soltar o ex-presidente por
avaliar que não há fatos novos que justifiquem a prisão preventiva, que Temer
não tem mais cargo público e que os investigados não representam perigo à ordem
pública.
Os procuradores rechaçam os três argumentos e afirmam que
Temer, em liberdade, pode “alertar seus asseclas e com eles concertar
estratégias para dificultar as apurações em curso”. O MPF pede que Athié
não tome a decisão sozinho, e sim leve o caso à 1ª Turma, que é composta de
mais dois desembargadores.
Desde que deixou a prisão, Temer foi
alvo de duas denúncias. Uma delas, em que já é réu, apura o caso da
mala transportada pelo ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, contendo R$
500 mil recebidos da empresa JBS. A outra acusação é referente à investigação
sobre a usina de Angra 3, que levou à prisão do emedebista. (Rafael
Neves-Congresso em Foco).
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