O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA,
deputado Nelson Leal, fez hoje (29.04) uma defesa enfática da preservação do
Banco do Nordeste, em sessão especial proposta pelo deputado estadual Eduardo
Salles (PP). “Precisamos fazer uma defesa vigorosa do Banco do Nordeste,
que é o principal agente financeiro para o desenvolvimento do Nordeste e,
especificamente, da Bahia. Em 2018, o BNB injetou R$ 43,3 bilhões no Nordeste e
norte dos estados de MG e do ES, enquanto, no mesmo período, o BNDES
desembolsou cerca de R$ 70 bilhões para o país inteiro”, explicou o chefe do
Parlamento estadual, acompanhado dos deputados federais Cláudio Cajado e João
Roma.
Para Nelson Leal, a proposta de fundir o BNB com o BNDES – se realmente efetivada – será desastrosa para a economia da Bahia. “No ano
passado, o Banco do Nordeste aplicou no Estado R$ 8,1 bilhões, o que equivale a
20% de todo o nosso Orçamento anual. São investimentos que representam um
aumento de 231% em comparação com 2017, sendo que cerca de R$ 4,3 bilhões foram
aplicados em infraestrutura, setor vital para o desenvolvimento baiano na
indústria e na agricultura”, disse o presidente da ALBA.
Já o proponente da sessão, deputado Eduardo Salles lembrou
que o BNB é o maior banco de banco de desenvolvimento regional da América
Latina e opera o maior programa de microcrédito produtivo orientado da América
do Sul. “É uma estrutura produtiva, com 7 mil profissionais gabaritados
que atendem a 4 milhões de clientes ativos – representando quase 54 milhões de
habitantes – em 1.990 municípios, sendo 1.262 na região semiárida, conhecendo
como poucos a realidade nordestina. Apenas no ano passado foram quase 5 milhões
de operações, movimentando R$ 43,3 bilhões na região”, diz Salles.
Já o presidente da FIEB, Ricardo Alban, presente à sessão,
destacou o BNB como operador do FNE – Fundo Constitucional de Financiamento do
Nordeste, que é vital para o desenvolvimento da região. “O BNB tem um papel
muito importante na política de redução da desigualdade do Nordeste em relação
às outras regiões. Ele é fundamental para a agropecuária, agricultura,
industrialização, microcrédito aos micro e pequenos empresários e investimento
estratégico na infraestrutura”, defende o presidente da Federação das
Indústrias. (Ascom).
Foto: Ascom