Um grupo de deputados estaduais decidiu, em rara ação
suprapartidária, homenagear o ex-deputado e ex-secretário de Estado Edmon
Lucas, “um cidadão de escol que encarna como poucos a figura do servidor
público”, frisou o deputado Aderbal Caldas (PP), pois em todos os elevados
cargos que ele ocupou “aliou a correção pessoal a toda prova, a um profundo
conhecimento da Bahia e a uma infinda compaixão pelos carentes – a quem sempre
direcionou suas energias”. Coube ao deputado do PP o “privilégio” de ser o
primeiro signatário do projeto de lei que confere a Comenda 2 de Julho ao amigo
e ex-colega, também subscrito por dezenas de outros parlamentares.
O deputado Aderbal Caldas traçou um breve perfil pessoal e
político do homenageado, o itajuipense, nascido em 7 de agosto de 1944, médico
ortopedista, casado com Suely Dias Lucas, com quem tem as filhas Elisa, Mariny
e Lara. Itajuípe, frisou, nunca ficou distante em toda a sua vida, onde,
inclusive, influenciado e movido pelo espírito altruísta e colaborador de seu
pai, Montival Souza Lucas, trabalha pela assistência à saúde de qualidade,
através da fundação que leva a nome de sua mãe, Maria de Lourdes Lopes Lucas, a “Fundação Lourdes Lucas”. A justificativa anexada ao projeto tem forte conteúdo
emocional, fugindo um pouco da redação legislativa, mas o proponente explica
que Edmon Lucas é de tamanha estatura humana que não cabe nos rígidos padrões
oficiais: “Ele realmente se importa com o outro. Sofre com a miséria e com os
miseráveis, estando sempre pronto para aplacar a dor do outro”.
HUMANIDADE
Não bastasse a excelência com que desenvolve suas atividades
como médico, o espírito solidário, humano, amigo, pacificador e conciliador são
atributos transparentes de um cidadão que, como poucos existentes no meio
político, se coloca sempre à disposição para ajudar a todos que a ele acorrem,
reforçou no texto anexado à proposição. Aderbal Caldas diz que não teme ser
repetitivo ao afirmar que Edmon Lucas sempre atuou – e atua – sem esperar
agradecimento ou reconhecimento, “comportamento nobre daqueles que sabem
trabalhar em benefício do povo apenas por vocação e sensibilidade para com a
causa coletiva e humana”.
Edmon Lucas, continuou Aderbal, completou a formação em
Medicina na Universidade Federal da Bahia, especializou-se em São Paulo e antes
de ingressar formalmente na política, foi diretor do Ministério de Agricultura
e Reforma Agrária, e do Instituto de Terras da Bahia (Interba), diretor da
Santa Casa de Misericórdia, médico dos hospitais Calixto Midlej e Manuel
Novais, Itabuna-BA; assessor médico da provedoria da Santa Casa de Misericórdia
de Itabuna; diretor e médico da Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira (Ceplac) e Médico do Ministério da Saúde, desde 1974, e da Clínica
Marechal Rondon, em Salvador e da Clínica Anorfi, em Itabuna.
Eleito para representar grande segmento da sociedade baiana
nesta Casa Legislativa, como deputado estadual por três legislaturas
consecutivas, de 1995 até 2007, “após este período passou a servir, como a
mesma lealdade e efetividade ao Executivo Estadual, como secretário de
Integração e Desenvolvimento Regional onde, além de estreitar as relações do
Governo com os trabalhadores e entidades municipais do interior, interiorizando
as ações em todas as regiões administrativas”. Desse período, Aderbal destacou
a implantação de projetos como e de abastecimento de água em municípios
carentes da região Nordeste da Bahia a partir de poços artesianos da bacia
sedimentar de Tucano.
Na Assembleia Legislativa, o proponente da honraria
salientou a “rara unanimidade” criada em torno de Edmon Lucas entre os colegas,
suprapartidariamente, entre os funcionários (que o adoram) e a imprensa. Citou
ainda os cargos mais relevantes ocupados pelo homenageado, como o de 2º
secretário da Mesa Diretora; presidente das comissões de Saúde e Saneamento;
Educação, Esportes e Serviço Público; e também as vice-presidente das comissões
especiais do Cacau e da Atualização e Reforma do Regimento Interno – bem como
da Comissão de Saúde e Saneamento. Edmon trabalhou ainda em várias outras
comissões como membro permanente, e conquistou uma liderança informal entre os
pares.
Portanto, prosseguiu o pepista, a concessão da Comenda 2 de
Julho “ao homem público Edmon Lopes Lucas, itajuipense, baiano – brasileiro
ficha limpa -, se coaduna com o espírito humanitário, leal, trabalhador e
popular com que tem participado em qualquer lugar onde seja instado a
participar e colocar sua vasta experiência a serviço da população”. E
acrescentou “a melhor justificativa para esta homenagem é a sua própria
história de vida e de respeito às causas maiores da Bahia e do Brasil. Assim É.
E assim pode comprovar quem com ele tem o privilégio de compartilhar da sua
vida e usufruir do seu conhecimento”, concluiu. (Agencia Alba).
Foto: Divulgação/Agência/ALBA