São João: índice de ocorrências por queimaduras com fogos de artifícios cai 21,3%

A tradicional queima de fogos de
artifício durante o São João fez menos vítimas na Bahia este ano. De acordo com
boletim divulgado na terça-feira (25) pela Sesab (Secretaria de Saúde do Estado
da Bahia), entre os dias 20 e 25 de junho foram registrados 59 atendimentos
relacionados ao período junino.

Na comparação com o mesmo período
do ano passado, houve redução de 21,3%, quando a secretaria registrou 75
pessoas feridas.

Conforme informou a secretaria,
os atendimentos no estado foram feitos nas duas unidades estaduais de
referência no tratamento de vítimas de queimaduras por fogos e explosões de
bombas: Hospital Geral do Estado (HGE) e Hospital Regional de Santo Antônio de
Jesus (HRSAJ).

O HGE teve o maior número de
pessoas queimadas durante os festejos juninos, com um total de 47 atendimentos,
sendo 20 vítimas de queimaduras por fogos e 27 por explosão de bomba.

Já no Hospital Regional de Santo
Antônio de Jesus, também referência no atendimento a queimados, deram entrada
12 pessoas vítimas de queimaduras e fogos de artifício.

Guerra de espadas ?
Nem mesmo a proibição na Justiça impediu a famosa guerra de espadas em
municípios baianos, principalmente na cidade de Senhor do Bonfim, para a qual o
Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu liminar determinando a suspensão da
prática, destacando risco de morte dos chamados espadeiros.

A prefeitura da cidade chegou a
pedir a suspensão da liminar, justificando que o evento movimenta a economia na
cidade, mas não houve êxito no pedido. Por lá, a guerra de espada é proibida
desde 2017, quando a Justiça baiana chegou a declarar inconstitucional a Lei
Municipal nº 1.400/2017, que declarava a guerra de espadas como Patrimônio
Cultural Imaterial da cidade.

Segundo o Ministério Público da
Bahia (MP-BA), fabricar, possuir e soltar esse tipo de artefato resulta em
crime cujas penalidades envolve multa de até R$ 10 mil e prisão que pode chegar
a seis anos.

Ocorrências ? A
guerra de espadas é uma manifestação cultural centenária que envolve a disputa
entre grupos que vão às ruas com os artefatos, um canudo de papelão recheado de
pólvora, que, ao ser aceso, é lançado desgovernadamente deixando um rastro
luminoso por onde passa.

No último domingo (23), a polícia
e espadeiros chegaram a entrar em confronto devido a prática irregular em
Senhor do Bonfim. Ao identificar os espadeiros, policiais militares
entraram em confronto com o grupo e dispararam balas de borrachas.

Segundo informações do portal G1,
quatro pessoas deram entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do
município. Duas delas, um homem e uma mulher, foram por ferimentos devido aos
com balas de borracha. Outra foi levada à UPA por queimadura com os fogos, além
de uma vítima que passou mal após inalar fumaça.

Em Santo Antônio de Jesus, entre
quinta (20) e domingo (23), segundo dados preliminares, o hospital regional do
município recebeu quatro pessoas por conta de acidentes com fogos. No mesmo
período, em 2018, foram 14 ocorrências.

O levantamento preliminar para a
cidade de Cruz das Almas também foi considerado pequeno. Em 2018, somente no
domingo (23) haviam sido registradas 23 ocorrências de pessoas feridas por
fogos sendo atendidas no hospital. Já este ano o número caiu para três,
referente a somente o dia 23 de junho. (Rayllanna Lima-bahia.ba).

Foto: Reprodução/TV São Francisco

 

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