Rui classifica diálogos de Dallagnol sobre Wagner como ‘atentado contra a Democracia’

Na manhã deste sábado (29), o governador Rui Costa comentou,
por meio das redes sociais, os diálogos entre o
procurador Deltan Dallagnol e colegas da Lava Jato sobre o senador e
ex-governador da Bahia Jaques Wagner. Classificadas por Rui como um “atentado
contra o estado de Direito e a Democracia”, as conversas foram divulgadas pelo
site Intercept Brasil.

“Deltan Dallagnol escolhe como alvo o senador Jaques Wagner
para uma busca e apreensão por uma questão simbólica, dias antes da eleição.
Nada de justiça. É um crime contra a democracia e o estado de Direito”, afirma
o governador.

Rui destaca ainda que “este tipo de atitude é tão perversa
quanto a ditadura. A sociedade apoia investigação séria para combater a
corrupção, mas não apoia um judiciário e um MP em formato de partido político
com feições nazistas numa perseguição cruel aos seus alvos escolhidos por
conveniência ou para se construir uma ‘questão simbólica’. Muito triste”.

O governador Rui Costa (PT) reagiu aos supostos diálogos do
procurador Deltan Dallagnol com membros da força-tarefa da Lava-Jato,
concedidos pelo The Intercept e publicados por Mônica Bérgamo na Folha de
S.Paulo. Os novos trechos indicam uma celeridade seletiva contra Jaques Wagner,
em 2018, quando ele foi eleito senador na Bahia.

Segundo o petista, o conteúdo da conversa é “um atentado
contra o estado de Direito e a Democracia”, a partir do momento que Dallagnol
escolhe Wagner como “alvo”, a poucos dias da eleição, e diz ter motivação “simbólica”.

“Deltan Dallagnol escolhe como alvo o senador Jaques Wagner
para uma busca e apreensão por uma questão simbólica, dias antes da eleição.
Nada de justiça. É um crime contra a democracia e o estado de Direito”

Rui defende que tal conduta é “tão perversa quanto a
ditadura” e ressaltou que a sociedade apoia uma “investigação série” que
combata a corrupção. Mas não vai, contudo, apoiar “um judiciário e um MP em
formato de partido político com feições nazistas”, no que chama de “perseguição
cruel”: “Muito triste”. (bahia.ba).

Foto: Luiz Felipe Fernandez/bahia.ba

 

 

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