Em meio a um balanço de realizações do primeiro ano de mandato, o governo Bolsonaro incluiu propostas que não dependem somente do Executivo, que não foram votadas pelo Legislativo e que ainda precisam ser implementadas, destaca a Folha de S. Paulo.
Divulgado nesta segunda-feira (23) pela Casa Civil, o documento destaca que as medidas mencionadas são as ?principais entregas do governo?, estabelece como critério de seleção ?o Twitter do presidente? e afirma que o conjunto deve ser utilizado como ?material de apoio na defesa do governo?.
Na área econômica, por exemplo, o balanço trata como realização do governo Bolsonaro o resultado positivo de R$ 30,2 bilhões nas contras públicas em janeiro deste ano.
Os números, entretanto, não refletem ações da atual gestão. Além disso, o resultado fiscal ficou negativo durante o ano. Até outubro, o rombo nos cofres do governo federal totalizou R$ 63,8 bilhões.
O documento menciona ainda como vitórias duas medidas provisórias que não foram votadas pelo Congresso: a que extingue a obrigatoriedade da publicação de balanços em jornais, cuja validade expirou; e a que criou uma carteirinha digital estudantil, que ficou para o próximo ano.
A Casa Civil cita também o projeto de lei que garante o excludente de ilicitude a agentes de segurança durante operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O texto foi encaminhado ao Legislativo, mas enfrenta forte resistência entre líderes partidários, que negociam a sua derrubada. (bahhia.ba).
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil