Ações na Justiça tentam barrar posse de amigo da família Bolsonaro na chefia da PF

Depois que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública,
Sérgio Moro, anunciou a própria demissão em discurso que envolveu série de
acusações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – uma série de ações
na Justiça tentam barrar a posse de um amigo do clã Bolsonaro na chefia da
Polícia Federal.

Isso porque, segundo Moro, a decisão por abandonar o cargo
foi tomada depois que o chefe do Executivo anunciou que faria uma troca na
diretoria-geral da PF. Para Moro, a troca não tinha sentido, senão “ter alguém
com quem ele tivesse um contato direto, e pudesse solicitar andamento de
investigações”.

Nesta terça-feira (28), o presidente oficializou, no Diário
Oficial, o nome de Alexandre Ramagem – amigo da família Bolsonaro – como novo
gestor da Polícia Federal.

A posse ainda não tem nada e, até às 16h desta terça,
conforme apurou a Folha de S. Paulo, ao menos cinco ações solicitavam à Justiça
o impedimento da nomeação de Ramagem, sob a alegação de que o presidente
praticou “aparelhamento particular” ao fazer a indicação do cargo.

Os pedidos todos têm como embasamento a declaração de Sérgio
Moro, a quem Jair Bolsonaro fez pronunciamento desmentindo afirmações,
especialmente sobre a intenção de “obter relatórios” de investigações sigilosas
da PF. (bahia.ba).

Foto: Isaac Amorim/Divulgação Ministério da Justiça

 

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