O presidente
Jair Bolsonaro anulou a nomeação de Alexandre
Ramagem para o cargo de diretor-geral da PF (Polícia Federal). A
medida foi oficializada por um decreto publicado em uma edição extra do DOU
(Diário Oficial da União), na tarde desta quarta-feira (29).
Mais cedo, uma decisão liminar do ministro
Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), já havia
suspendido o
decreto de nomeação de Ramagem para o cargo.
Para revogar a nomeação, Bolsonaro editou um novo decreto no qual tornou sem efeito o decreto original da indicação. O mesmo decreto presidencial também anulou a exoneração de Ramagem do cargo de diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), indicando uma volta dele à agência.
vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), de quem Ramagem é amigo pessoal. A posse dele estava marcada para a tarde desta terça-feira (29).
ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro de que Bolsonaro estaria tentando interferir politicamente na Polícia Federal.
DECISÃO DE MORAES
decisão provisória, Moraes afirmou que a escolha está “em inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público”.
O ministro também reconheceu que o presidente tem competência para livre nomeação de seus ministros, secretários e funcionários de confiança. “Entretanto, o chefe do Poder Executivo deve respeito às hipóteses legais e moralmente admissíveis, pois, por óbvio, em um sistema republicano não existe poder absoluto ou ilimitado, porque seria a negativa do próprio Estado de Direito, que vincula a todos”, afirma o ministro. (João
Conrado Kneipp – Yahoo Noticias).
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