A 17ª convenção nacional do PSDB autorizou, nesta quinta-feira (5), que a executiva nacional do partido avance nas tratativas para a incorporação do Podemos. A fusão visa consolidar um partido de centro democrático e fortalecer a legenda em meio ao cenário político atual.
Essa aprovação marca o início de um processo que deve se estender pelos próximos meses, até a homologação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Aprovação expressiva
A proposta de incorporação obteve amplo apoio, sendo aprovada por 98% dos convencionais presentes na votação. No total, foram 201 votos favoráveis e apenas dois contrários, sinalizando a coesão interna em torno do projeto.
Tentativa de superar a crise
O movimento pela união com o Podemos surge em meio a meses de articulações e como resposta a um momento delicado para o PSDB, que enfrenta desafios em sua identidade e representação política. Desde as eleições de 2018, o partido vem lidando com perda de espaço e uma onda de desfiliações.
Neste ano, dois dos três governadores eleitos em 2022 deixaram o partido: Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE) migraram para o PSD. O único governador tucano atualmente é Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, que, durante a convenção, declarou apoio integral à incorporação, destacando que ela vai fortalecer a legenda.
Números do PSDB
– Deputados federais: 28 (7ª maior bancada da Câmara)
– Senadores: 7 (4ª maior força no Senado)
– Prefeitos: 405 (7ª maior número no país)
– Governadores: 1
– Fundo Eleitoral (2024): R$ 384,6 milhões (6ª maior fatia)
– Fundo Partidário (2024): R$ 77 milhões (8º maior volume)
A fusão com o Podemos pode ajudar o PSDB a recuperar parte de sua relevância política, em um cenário no qual busca reconquistar protagonismo. (Rodrigo Fernandes-bahia.ba).
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