Rosemberg Pinto destaca apoio do PSD e projeta fortalecimento da base para 2026

Líder do governo na Assembleia Legislativa avalia reunião com bancada do PT, comenta articulação com aliados e projeta cenário para eleições estaduais e nacionais.

Como o senhor avalia a reunião da bancada do PT com o governador, que discutiu também as estratégias eleitorais para 2026?
A reunião foi bastante positiva, apesar de alguns pontos não avançarem tanto quanto gostaríamos. Conversamos sobre as ações do governo estadual, sempre em sintonia com os interesses do Partido dos Trabalhadores, e também discutimos a necessidade de renovação e ampliação da nossa bancada. Esse tema foi levado ao governador, que entendeu a legitimidade dessa preocupação. Nosso objetivo é fortalecer a base governista, mas sem disputas internas entre os partidos aliados, e sim buscando ampliar espaço em cima da oposição.

O PSD aparece como um parceiro importante nessa articulação. Qual a sua visão sobre o papel desse partido nas próximas eleições?
O PSD é, sem dúvida, um aliado estratégico. A ampliação da base passa por ele e por outros partidos que compõem nosso arco de alianças. O que queremos é que a disputa ocorra contra a oposição e não entre nós. Tanto o PT quanto o PSD têm de apresentar suas pautas e dialogar com o governo sobre as demandas pendentes. Cada líder de bancada trata diretamente com o governo os interesses específicos, e assim conseguimos avançar de maneira equilibrada. O importante é mantermos a unidade da base, que é a maior força do nosso projeto.

Em relação à agenda legislativa, quais são os projetos prioritários neste momento?
Nós já aprovamos medidas importantes de reestruturação administrativa do Estado e, recentemente, da Secretaria de Segurança Pública. Agora, temos novos projetos em tramitação, como a criação de comitês e ajustes na área da saúde. A ideia é que esses projetos sejam votados já na próxima semana, mantendo a dinâmica de diálogo e construção coletiva que vem sendo característica da nossa bancada junto ao governo.

Muito se fala sobre os nomes para compor a chapa em 2026. Rui Costa e Jaques Wagner aparecem com destaque nas pesquisas. Como o senhor vê esse cenário?
As pesquisas são importantes, mas representam apenas fotografias momentâneas. É natural que Rui Costa e Jaques Wagner surjam com força, pois ambos têm grande liderança no estado. Mas a composição da chapa vai muito além disso. Existem outros fatores decisivos, como a participação dos diversos partidos aliados e a construção de uma aliança sólida. Essa discussão deve amadurecer apenas no próximo ano, de forma coletiva e respeitosa, como sempre fizemos dentro do nosso campo político.

E como o senhor interpreta os números recentes das pesquisas eleitorais?
Eu não me movo por pesquisas neste momento. O que temos visto é que em determinadas regiões, como Salvador, os cenários podem variar bastante, mas quando olhamos o conjunto da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues aparece em vantagem sobre ACM Neto. Isso mostra que o projeto que representamos continua forte. O que precisamos é seguir trabalhando, entregando resultados concretos à população e consolidando a base para garantir a reeleição de Jerônimo, a reeleição do presidente Lula e, claro, fortalecer os nossos parlamentares para as eleições na Assembleia Legislativa. (SN).

Foto: Divulgação/SN