Em discurso inflamado na Assembleia Legislativa da Bahia, parlamentar do Republicanos atacou o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), e criticou a liminar de Flávio Dino que beneficiou investigado em CPI, cobrando isenção da Polícia Federal em casos envolvendo aliados do governo.
Em discurso na tarde desta terça-feira (14), no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o deputado Samuel Júnior (Republicanos) fez duras críticas ao governo federal e ao ex-governador da Bahia Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil. O parlamentar cobrou do líder do governo na Casa, Rosemberg Pinto (PT), que a Polícia Federal atue na investigação de um sindicato controlado pelo irmão do presidente Lula, acusado de irregularidades em descontos do INSS.
“Eu gostaria que Vossa Excelência, juntamente com o partido de Vossa Excelência, cobrasse da Polícia Federal uma operação igual a que fez semana passada ao presidente do União Brasil no Sindicato liderado pelo irmão (Chiquinho) do atual presidente da República, onde estão roubando os nossos velhinhos por dentro”, disparou o deputado.
Samuel Júnior questionou o que chamou de “dois pesos e duas medidas” na atuação da PF e criticou decisões recentes que, segundo ele, favorecem aliados do governo. Ele citou a liminar concedida pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu a um investigado permanecer em silêncio durante sessão da CPI.
“Semana passada, o ministro Flávio Dino deu uma liminar para que um cidadão chamado para depor na CPI do INSS entrasse mudo e saísse calado. Isso é democracia ou comunismo?”, provocou.
O parlamentar também retomou o tema do escândalo dos respiradores do Consórcio Nordeste, ocorrido durante a pandemia, e mencionou o então governador Rui Costa.
“Enquanto pessoas morriam por falta de ar, desviaram 48 milhões de reais. Vou repetir: 48 milhões de reais! E até hoje ninguém sabe onde esse dinheiro foi parar”, denunciou.
Encerrando o discurso, Samuel Júnior cobrou uma postura imparcial da Polícia Federal nas apurações.
“Será que a Polícia Federal só investiga quando interessa? Esse é o Brasil que estamos vivendo”, concluiu. (SN).
Foto: DIvulgação