São José das Itapororocas é um passeio pelas origens da Feira de Santana

Não foi à toa que Zé Falcão, depois de ganhar a eleição em 1982, escolheu São José das Itapororocas para implantar uma festa junina que perdura até hoje. O cenário do centro do povoado é próprio para festividades coletivas: é um amplo largo, com duas fileiras de casas e no centro uma imponente igreja erguida ali no começo da povoação destas terras, em 1653.

A igreja Matriz de São José das Itapororocas é patrimônio histórico cultural tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).Em São José das Itapororocas começa a verdadeira história de Feira de Santana, defendia, com convicção de pesquisador, o  pároco da Matriz de Santana, monsenhor Galvão. historiador desconstrói o “mito” do casal Ana Brandoa e Domingos Barbosa de Araújo como ‘fundadores’ da Feira, e em artigo publicado pela Academia Feirense de Letras, ele diz:

“Não se pretende aqui desmerecer-lhes a benemerência da cessão de cem braças de terras em quadra, no Alto da Boa Vista, para se edificar a capela de senhora Sant’Ana e São Domingos, conforme escritura de 28 de setembro de 1732. Razões sentimentais reclamam e conservam o culto á memória daquele casal que teve marcante contribuição para a vida religiosa e social da cidade. Todavia não foram eles os povoadores e muito menos os pioneiros.”

São José mantém as marcas do passado na imponente igreja e no traçado urbano padrão de uma época, nos símbolos desenhados em velhas casas, como a da foto, onde se vê a silhueta de um boi, um dos principais produtos da economia local, ainda nos dias de hoje. (Blog da Feira).

Foto: Divulgação