A Assembleia Legislativa sediou nesta quinta-feira (29), na Sala Deputado Luís Cabral, o Seminário Saúde do Trabalhador e Trabalhadora na Educação Profissional como Direito Humano. Na abertura do evento, Mário Diniz, coordenador do Fórum Estadual de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho (Forumat-BA), agradeceu o apoio dos deputados Hilton Coelho (Psol) e Olívia Santana (PC do B) e revelou que a cada três dias morre uma pessoa vítima de acidente de trabalho no país.
“Além da cultura de prevenção, os órgãos de regulação precisam estar aparelhados para exercer a fiscalização. Somos 1.800 profissionais no Brasil, com apenas 50 atuando na Bahia, o que dá uma média de um técnico responsável pela fiscalização de 30 mil trabalhadores. O Estado tem de investir mais na contratação de auditores para que a gente possa realizar um trabalho mais eficiente na prevenção de acidentes”, destacou o dirigente do fórum.
A Bahia ocupa, atualmente, a décima posição no número de acidentes de trabalho. Somente nestes cinco primeiros meses já morreram 36 trabalhadores. As estatísticas preocupam a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), que mandou uma representante para a plenária. “Esta situação atinge muitas crianças, adolescentes, adultos e também idosos que voltaram ao mercado de trabalho. Estamos trabalhando muito para diminuir esses índices”, garantiu Gildete Sodré, técnica da Divisão de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador (Divast).
Com intervenções sobre a temática, diversos especialistas e sindicalistas participaram do debate. Dentre eles, Josevonne Serafim, da Superintendência da Educação Profissional (Suprof-SEC); Germana Pinheiro, pró-reitora da Universidade Católica do Salvador (UCSal); Ana Georgina Dias, técnica do Dieese; Antônio Lago, diretor do Forumat; e Arilson Santos, diretor de Saúde e Segurança do Trabalho do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon-BA). (Agencia Alba).
Foto: Ascom/Alba