Sessão especial na Assembleia celebra o Dia da Marinha

Uma concorrida sessão especial no Plenário Orlando Spínola da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), na manhã desta sexta-feira (6), celebrou o Dia da Marinha, data magna da instituição que faz referência ao 160º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo. Com a presença de oficiais de variados graus hierárquicos da instituição, além de outras autoridades civis e militares, como o vice-governador Geraldo Júnior, a solenidade foi aberta pela presidente em exercício da ALBA, deputada Fátima Nunes, que manifestou “satisfação e orgulho” em iniciar a homenagem à Marinha do Brasil.

O proponente da sessão, deputado Antonio Henrique Junior (PP), não pode estar presente à comemoração e foi representado pelo deputado Matheus Ferreira (MDB), que assumiu a direção dos trabalhos após a formação da mesa. O emedebista destacou a Batalha Naval do Riachuelo, ocorrida em 11 de junho de 1865, durante a Guerra da Tríplice Aliança, como “um dos capítulos mais heroicos do país”, consolidando “o espírito da Marinha: resiliência, coragem e lealdade inquebrantável à Nação Brasileira”.

Matheus Ferreira ressaltou que a homenagem vai além do passado glorioso da Marinha e se estende ao trabalho diário de patrulha e proteção dos rios e da costa brasileira. “É a Marinha que está presente nos rincões onde muitas vezes o Estado não chega, como na assistência hospitalar à população ribeirinha da Amazônia”, registrou o parlamentar, citando ainda as missões de paz e o trabalho de formação nas escolas de aprendizes-marinheiros, “que investe em tecnologia, ciência e inovação, e que prepara nossos quadros com excelência e disciplina”.

Representando a Marinha, o comandante do 2º Distrito Naval, vice-almirante Gustavo Garriga, confessou sua emoção por estar diante da obra do painel do artista plástico Carlos Bastos, destacando, além do prédio do 2º Distrito Naval na pintura, a presença de dois marinheiros na “Galeota Gratidão do Povo”, referendando a Bahia como “herdeira de um imaginário que sempre esteve voltado para o mar”. O militar abordou, entre outros temas, a Batalha do Riachuelo e seus heróis, o estabelecimento de estaleiros, centro de pesquisas, polos logísticos e atividades relacionadas à chamada Economia Azul, além do papel do 2º Distrito Naval como “guardião de mais de 1.200 quilômetros de costa e executor de missões que vão da patrulha oceânica ao resgate de vidas, da inspeção naval ao apoio logístico, do combate a ilícitos ao fortalecimento da mentalidade marítima”.

“A Marinha, não apenas no Brasil, mas em todos os países, constitui a força militar de maior tradição. Afinal de contas, a civilização humana foi construída e consolidada por suas marinhas. Todas as demais vieram depois”, observou o presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), Joaci Góes, que declamou, exaltando a data, versos do poema Navio Negreiro, de Castro Alves: “Homens do mar! ó rudes marinheiros, / Tostados pelo sol dos quatro mundos! / Crianças que a procela acalentara / No berço destes pélagos profundos!”.

Um vídeo institucional da Marinha do Brasil foi exibido na cerimônia, que contou ainda com a participação da Banda de Música do Comando do 2° Distrito Naval. Sob o comando do maestro, suboficial Paulo César, os músicos executaram os hinos Nacional e ao 2 de Julho, além de “Cisne Branco”, que é considerado o hino da Marinha do Brasil.

Também participaram da cerimônia, com assento na mesa: desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia, Baltazar Miranda; superintendente da Agência Brasileira de Inteligência na Bahia, Isaac Miranda; procuradora-geral adjunta, Norma Angélica Cavalcanti; comandante da Base Aérea de Salvador, coronel-aviador Saulo Sobreira; chefe da Casa Militar, coronel PM Adalberto Piton; comandante do Centro de Coordenação de Preparo e Emprego, coronel Wagner Ramos; diretor de Planejamento, Orçamento e Gestão da PM, coronel PM Manuel Muniz; e a tenente-coronel PM Nelma Menezes.