De março para abril de 2025, as vendas do varejo na Bahia tiveram variação positiva de 0,2%, marcando o terceiro avanço consecutivo, segundo a comparação livre de influências sazonais (que desconsidera efeitos de datas comemorativas como Natal e Páscoa). Em fevereiro, o crescimento também foi de 0,2%, e em março, de 0,1%.
O comércio baiano superou o desempenho nacional, que registrou queda de 0,4% no mesmo período, apesar das altas em 17 das 27 unidades da Federação, lideradas por Rondônia (2,3%), Amazonas (1,7%) e Acre (1,6%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
Na comparação entre abril de 2025 e abril de 2024, as vendas no varejo baiano cresceram 1,8%, retomando a sequência de 28 resultados positivos interrompida pela queda registrada em março (-5,5%). Ainda assim, o crescimento foi inferior ao nacional (4,8%) e o menor entre os 24 estados com resultado positivo. Os maiores crescimentos foram observados em Santa Catarina (11,7%), Paraíba (11,6%) e Alagoas (10,2%).
Com o avanço em abril, o varejo baiano voltou a apresentar variação positiva no acumulado do ano de 2025 (0,1%), mas ainda distante da média nacional (2,1%). A Bahia teve o menor crescimento entre os 23 estados com desempenho positivo, sendo Amapá (10,3%), Santa Catarina (7,6%) e Rio Grande do Sul (6,0%) os destaques.
No acumulado dos 12 meses encerrados em abril, o comércio varejista baiano registrou alta de 3,6%, levemente acima do indicador nacional (3,4%), ocupando a 14ª posição entre os estados. Amapá (14,9%), Paraíba (11,2%) e Rio Grande do Sul (8,1%) lideraram os resultados. Apenas o Rio de Janeiro apresentou variação negativa (-0,5%) nesse indicador.
O crescimento de 1,8% das vendas em abril de 2025, frente ao mesmo mês de 2024, foi concentrado em 3 dos 8 segmentos do varejo restrito (exclui automóveis, material de construção e atacado de alimentos).
O maior impacto veio das vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceram 3,8%. Apesar do crescimento moderado, o peso desse segmento no comércio estadual garantiu a principal influência positiva. Com isso, o setor retomou a sequência de 21 meses de crescimento, interrompida pela queda de março.
O segundo maior impacto veio da categoria “outros artigos de uso pessoal e doméstico”, com alta de 12,7%, que inclui grandes varejistas online e voltou a crescer após dois meses de queda.
O terceiro segmento em alta foi o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com aumento de 8,7%. Esse setor apresenta resultados positivos há 25 meses consecutivos e acumula os maiores crescimentos de vendas tanto no ano (9,0%) quanto nos 12 meses encerrados em abril (8,5%).
Em contrapartida, os setores de móveis e eletrodomésticos (-5,2%) e de livros, jornais, revistas e papelarias (-41,0%) puxaram o desempenho para baixo. O primeiro registrou a segunda queda seguida, e o segundo acumula 27 recuos consecutivos desde fevereiro de 2023.
As vendas do varejo ampliado baiano — que inclui veículos, material de construção e atacado de alimentos — cresceram 0,1% de março para abril, marcando a segunda alta seguida. Em fevereiro, a variação havia sido de 0,8%. Esse desempenho superou a média nacional, que apresentou recuo de 1,9% no mesmo intervalo. Apesar disso, a Bahia teve a menor taxa de crescimento entre os estados com resultado positivo.
Já na comparação entre abril de 2025 e abril de 2024, o varejo ampliado da Bahia registrou queda de 2,2%, a segunda consecutiva, após o recuo de 7,0% em março. Foi o segundo pior desempenho entre os estados, acima apenas de Goiás (-9,2%), e abaixo da média nacional, que teve leve alta de 0,8%. Nessa comparação, 17 estados apresentaram aumento nas vendas.
O recuo baiano foi puxado pela queda no atacado de alimentos (-22,2%), que acumula nove meses consecutivos de retração. As vendas de veículos tiveram variação positiva de 0,1%, completando 13 meses seguidos de crescimento, e as de material de construção subiram 3,3%, revertendo a queda de 5,7% registrada em março.
Entre janeiro e abril de 2025, o varejo ampliado baiano acumula queda de 2,5% frente ao mesmo período de 2024 — o terceiro pior desempenho entre os estados e abaixo da média nacional (alta de 1,0%).
No acumulado dos 12 meses encerrados em abril, o resultado é positivo (1,9%), mas ainda inferior ao nacional (2,7%) e representa o 20º melhor desempenho entre as 27 unidades da Federação. (bahia.ba).
Foto: Luzia Luna/Ascom SEIrejo